Observatório do Conhecimento repudia atitude de Weintraub de intimidar manifestantes

“A tentativa de intimidação contra os cortes e em defesa da educação pública mostra apenas o viés autoritário de quem deveria se preocupar com os efeitos que suas medidas causarão ao futuro dos jovens, da ciência e à soberania do país”, avalia o Observatório

 

Em resposta à nota em que o  ministro da Educação, Abraham Weintraub, tenta intimidar estudantes, professores e servidores que protestam contra os cortes na área, divulgada na quinta-feira (30), o Observatório do Conhecimento  expressou repúdio à atitude do ministro. Na interpretação do Observatório, o ministro “tentou desqualificar as manifestações que estão sendo realizadas por estudantes em todo país. E o fez, intimidando professores, servidores e alunos que são contra os cortes, violando o direito a livre manifestação, cerceando um dos pilares de nossa constituição federal”. O Observatório do Conhecimento é uma rede de associações de docentes e sindicatos de professores universitários, da qual a Apufsc Sindical faz parte.  

 

Confira a nota do Observatório:

 

O Observatório do Conhecimento, rede de associações de docentes e sindicatos de professores universitários manifesta repúdio a posição do MEC: a tentativa de intimidação contra os cortes e em defesa da educação pública mostra apenas o viés autoritário de quem deveria se preocupar com os efeitos que suas medidas causarão ao futuro dos jovens, da ciência e à soberania do pais, ao destruir as universidades públicas e os Institutos federais. Patrimônios da nação e não propriedade do governo federal.

Ao acusar a sociedade civil, os professores, trabalhadores das universidades e dos institutos federais de promover a participação dos alunos nas manifestações, o ministério ignora o senso crítico e a força que as manifestações contra os cortes e a perseguição ideológica  no país têm, mostrando-se, mais uma vez, alheio ao desejo da população que se manifesta em prol de uma educação pública de qualidade. Estamos certos que a justiça e a população não irão tolerar o arbítrio e a censura.