Com cotas, número de estudantes pretos, pardos e indígenas cresceu 120% na UFSC

O estudo realizado pelo Inep comprovou a efetividade das cotas raciais nas instituições de ensino superior

A Lei de Cotas ampliou em 39% a presença de estudantes pretos, pardos e indígenas vindos de escolas públicas nas instituições federais de ensino superior entre 2012 e 2016, aponta estudo ainda inédito do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A informação é do jornal Valor Econômico.

Em contrapartida, o critério de baixa renda da lei mostrou-se pouco efetivo, por incluir mais de 80% dos estudantes que prestam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Segundo a pesquisa, universidades mais seletivas e que participaram de patamares de inclusão social  mais baixos foram as mais impactadas pelas cotas.  A  presença de pretos, pardos e indígenas vindos da rede pública cresceu 135% na Universidade Federal do Ceará (UFC), 120% na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e 85% na Universidade de Brasília (UnB). Em menor proporção, algumas universidades e institutos já mais acessíveis antes da lei se tornaram menos inclusivos depois dela.

O estudo é resultado do cruzamento de dados do Censo da Educação Superior (CES), realizado pelo Inep, com informações do questionário socioeconômico preenchido pelos estudantes no Enem. Foram analisadas 104 instituições federais de ensino superior (Ifes), entre universidades e institutos federais, cujas matrículas variaram de 300 mil ingressantes, em 2012, a 327 mil, em 2016.

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