Professores aderem à paralisação nos dias 2 e 3 de outubro

Votação contou com a participação de 1011 docentes, dos quais 63% decidiram parar  

Os professores da UFSC decidiram participar da paralisação nacional da educação nos dias 2 e 3 de outubro, convocada pelas entidades representativas dos docentes,  técnico-administrativos e estudantes.  

A votação online, que terminou nesta sexta-feira (27), às 17h, teve uma participação expressiva de 1011 professores, que representam 35,8% dos sindicalizados aptos a votar. Desse total, 639 votaram a favor da paralisação de 48 horas e 365 foram contrários. Sete docentes votaram em branco.

Entre os 763 professores da ativa que registraram seu voto sobre a paralisação, o “sim” venceu com folga: 69,5%. Do total de votantes, 243 são aposentados. 

Entre quarta e quinta-feira da semana que vem estão programadas manifestações por todo país em defesa da educação, da universidade pública e da ciência, ameaçadas pelo contingenciamento orçamentário de 2019, pelos cortes previstos para 2020 e pelo Projeto Future-se.

 

A cédula de votação foi definida no dia 24 durante Assembleia Geral Extraordinária que discutiu a mobilização e contou com a participação de 151 professores, nos diversos campi da UFSC. O plenário debateu o resultado da Assembleia anterior, que teve participação recorde, com  72% dos professores da ativa votando online, com dois terços deles se posicionando contra uma greve por tempo indeterminado neste momento, isolada nacionalmente. 

Em nota publicada esta semana, a diretoria da Apufsc já havia afirmado que “diferente de uma greve por tempo indeterminado isolada na UFSC, forma de luta que foi rejeitada pelos docentes filiados ao sindicato neste momento,  esta é uma iniciativa de mobilização com prazo limitado, unidade entre as categorias e impacto nacional, com potencial de sensibilizar a opinião pública e o poder político sobre as ameaças que enfrentamos e a necessidade de fazer frente a elas”.

Tendo em vista a gravidade dos problemas que serão enfrentados pela universidade com um governo hostil à ciência e à educação pública, com os cortes já anunciados no orçamento da UFSC e das agências de fomento neste e no próximo ano, os professores presentes na AGE reafirmaram a necessidade de a categoria se manter mobilizada e de  participar do movimento nacional.