Em dia de paralisação na UFSC, Centros de Ensino amanhecem fechados

A Paralisação Nacional de 48 horas mobilizou a comunidade da UFSC na manhã de quarta-feira (02). As três categorias da universidade aderiram ao movimento em prol da educação, contra os cortes do Ministério da Educação e o projeto Future-se. Os Centros de Ensino amanheceram fechados e, nas portas, foram colocados cartazes com palavras de ordem e protesto.

No Centro de Convivência, estudantes promoveram uma oficina de bateria para manifestações e confeccionaram faixas para o ato unificado que será realizado amanhã, no Centro de Florianópolis. Em frente à reitoria, servidores técnico-administrativos participaram de uma aula sobre mídia e greve, que discutiu o papel dos meios de comunicação em momentos de mobilização.

O Centro Tecnológico (CTC) também amanheceu trancado. Estudantes fecharam as portas das salas de aula e as entradas principais de alguns blocos ficaram interditadas. Um estudante contrário à mobilização teria feito ameaças aos grevistas com uma faca. A Vice-Presidente da Apufsc, Patricia Della Méa Plentz, que estava presente no local, disse que a polícia foi chamada, mas que, ao vasculhar o prédio, não encontrou ninguém.

Os estudantes que passavam em frente ao CTC pela manhã buscavam informações sobre o ocorrido e sobre as aulas que teriam hoje, pois, segundo eles, muitos professores não aderiram nem à greve nem à paralisação e continuam mantendo as atividades normalmente.

“Tem gente que quer participar do movimento, mas não pode, pois está tendo aula. Eu mesma me motivaria mais a participar se não precisasse me preocupar em estudar para provas”, disse Ana, estudante de Engenharia de Materiais. A jovem esperava em frente ao prédio a confirmação do cancelamento da aula. 

Como o prédio estava fechado, parte das atividades da manhã não foram realizadas. Estudantes de Engenharia Civil, por exemplo tiveram uma prova cancelada e alunos do curso Engenharia de Controle de Automação não puderam entrar na sala de aula. Por volta das 10:30h, os estudantes do movimento grevista desocuparam o prédio.  

Fotos e Texto: Diana Koch