Florianópolis tem 84,6% dos leitos de UTI ocupados

​Ocupação de UTIs é a mais alta em SC desde o início da pandemia do novo coronavírus​; reunião com hospitais está marcada para hoje

Florianópolis atingiu 84,6% de ocupação dos leitos de UTI neste domingo, 28. Dos 235 existentes para adultos e crianças, há 36 disponíveis. Segundo dos dados da prefeitura da Capital, 168 espaços estão ocupados e 31 constam como “indisponíveis”. Este número contempla vagas para diferentes tipos de doença e atendimentos.

A situação do coronavírus nos últimos dias preocupa, principalmente com a pressão sobre as unidades médicas. Na sexta-feira, a secretaria municipal de Saúde e Associação Catarinense de Medicina (ACM) chamaram uma reunião para esta segunda-feira com os diretores de hospitais da Grande Florianópolis. O encontro ainda espera pela confirmação dos convidados, mas está marcado para as 17h, na sede da ACM.

O alto índice de ocupação de leitos de UTI levou a equipe da secretaria da Capital a se reunir na tarde de domingo para analisar os dados. Segundo o secretário da pasta, Carlos Alberto Justus, possíveis ações serão discutidas com os hospitais nesta segunda-feira. No aspecto econômico, a semana continua com as restrições impostas na última quarta-feira, 24, pelo decreto do prefeito Gean Loureiro. Entidades pressionam pela reabertura, mas a retomada será discutida apenas na quarta-feira, 1º de julho.

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Segundo o jornalista de dados da NSC Cristian Weiss, que analisa diariamente os dados do coronavírus em Santa Catarina, a última semana (entre domingo, 21, e sábado, 27) foi a mais grave no Estado desde o começo da pandemia. Morreram 50 pessoas, uma média de 7 por dia. O pico de mortes de toda a pandemia foi na quarta-feira, 24/6, com 13 mortes. O dia que teve menos mortes foi na sexta-feira, 24/6, quando 4 pessoas morreram. É possível que esses números ainda aumentem, com a inserção de casos que aguardam confirmação pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública).

Em relação a casos confirmados, junho teve 11671 registrados, conforme a data de aparecimento dos sintomas. Weiss destaca que esse dado é 31,2% maior do que o total de casos registrados em maio.

Fonte: NSC Total