Capes corta bolsas e penaliza regiões mais pobres, aponta estudo da SBPC

Levantamento analisou os impactos de quatro portarias publicadas neste ano

Mais de 8.000 bolsas permanentes de pesquisa que eram oferecidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), agência ligada ao MEC, foram cortadas segundo um estudo realizado pela SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência). A pesquisa foi feita por um grupo de trabalho criado pela instituição para avaliar a nova distribuição de bolsas pelo Brasil, e mostrou que os cortes vão aprofundar as desigualdades regionais da ciência brasileira, atingindo principalmente programas de pós-graduação em regiões mais pobres do país. 

No estudo, foram analisados os impactos causados por quatro portarias publicadas pela Capes este ano (de números 18, 20, 21 e, especialmente, a portaria no 34 — que afetou cerca de 6,8 mil programas de pós-graduação no país, e foi alvo de protesto de cientistas e gestores de universidades. A comparação foi realizada entre a quantidade de bolsas de 2019 em relação às mudanças provocadas pelas portarias, em fevereiro e março deste ano. O levantamento descobriu que, com as novas regras, as bolsas permanentes tiveram queda de 10,4%, caindo de 77.629 para 69.508.

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