INSS segue em greve

Os trabalhadores do Seguro Social (INSS) deflagraram Greve por tempo indeterminado a partir deste dia 16 de junho em todo o País. Já aderiram à Greve nacional os estados de Santa Catarina, Distrito Federal, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Piauí, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Ceará, Pará, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Sergipe, Amazonas.

Em Santa Catarina a adesão é de 60% nas cidades do interior e 80% na Grande Florianópolis. Há paralisação nas cidades de: Florianópolis, São José, Alfredo Wagner, Biguaçú, Palhoça, Tijucas, Blumenau, Brusque, Itajaí, Rio do Sul,Timbó, Joinville, Mafra, São Bento do Sul, Criciúma, Içara, Sombrio, Chapecó e Miguel do Oeste.

A decisão de entrar em greve foi devido ao descumprimento de um acordo com o governo federal assinado em 2005 com o término da greve dos servidores. No acordo, o governo prometia discutir a regulamentação da Carreira dos trabalhadores, as condições de trabalho, a carga horária, entre outras medidas. No entanto, o governo não cumpriu o que prometeu e no dia 25 de maio baixou a Resolução nº 65, aumentando a carga horária dos trabalhadores do INSS de 6 horas para 8 horas e reduzindo os salários dos servidores que optarem por fazer 6 horas.

O agendamento pelo telefone 135 da Previdência Social dá à sociedade a falsa impressão que não existem mais filas no INSS e que tudo funciona perfeitamente bem e normal. No entanto, as condições de trabalho dos servidores do INSS são precárias, faltam trabalhadores, faltam equipamentos, os sistemas operacionais da Previdência saem com freqüência do ar e são lentos, muitos trabalhadores estão se aposentando ou afastados por problemas de saúde e não há reposição de funcionários, não há segurança nas Agências da Previdência, freqüentemente os servidores sofrem agressões físicas e verbais, entre outros problemas que o governo esconde da sociedade, usando a Previdência Social como propaganda política para as eleições de 2010.

Os trabalhadores não são contra o aumento do horário de atendimento ao público nas Agências da Previdência. Os servidores defendem a abertura das Agências da Previdência Social por 12 horas, com dois turnos de 6 horas e, para isso, a contratação de mais trabalhadores e não o aumento da carga horária dos servidores, que já trabalham no limite de suas forças. Os servidores do INSS lutam pela manutenção da jornada atual de trabalho de 6 horas, por concurso público, por melhores condições de trabalho e pela incorporação aos salários das gratificações que não levam para a aposentadoria, o que significa uma redução de 80% do salário ao se aposentarem.