Compromisso e Participação

A Diretoria da Apufsc-Sindical deve apresentar, na primeira quinzena de abril, em Assembléia Geral, um relatório das atividades desenvolvidas no ano anterior e um Plano de Trabalho para o ano em curso. Cumprindo essa determinação Estatutária, uma Assembléia Geral Ordinária foi convocada para o dia 14 de abril.

Além de cumprir a exigência acima, uma Assembléia Extraordinária foi também convocada para apreciar a proposta da Diretoria de redução da contribuição dos associados de 1% dos rendimentos líquidos para 0,6% dos rendimentos brutos (excluídas as vantagens pessoais). As Assembléias previam também a homologação da constituição dos Grupos de Trabalho e das Comissões. Os trabalhos dos GTs e das Comissões envolvem os temas de política sindical, segurança jurídica, carreira e política salarial, incremento associativo e eventos sócio-culturais.

Entendemos que os encaminhamentos desses assuntos constituem-se, hoje, na essência das atividades da Apufsc-Sindical. Deve-se também considerar neste contexto a iniciativa de novos investimentos patrimoniais.

A realização das Assembléias foi frustrada pela insuficiência de presenças, já que os Estatutos exigem a participação, em segunda convocação, de 5% dos associados, correspondendo a um total de 121 docentes. Esse fato exige uma reflexão consistente acerca do momento sindical e associativo, reflexão que não ressuscite o passado recente, mas que nos leve à construção de uma entidade que verdadeiramente decida o seu futuro da forma mais comprometida e participativa possível.

Sabemos que nossos colegas encontram-se pressionados pelo atendimento às inúmeras atividades relacionadas ao ensino, pesquisa e extensão, e entendemos que as exigências da vida em sociedade, e também familiar, tornam-se muitas vezes incompatíveis com as demandas para o exercício sindical.

Por outro lado, constatamos que a remuneração do professor está defasada, mesmo quando comparada com as demais carreiras de nível superior do Serviço Público Federal. Não podemos também menosprezar a insegurança jurídica dos nossos direitos que nos são sistematicamente restringidos, senão usurpados, de tempos em tempos.

Por isso nunca é demais destacar que para que possamos assegurar um futuro com segurança  e reconhecimento profissional, o conjunto dos associados não deve ficar à margem das decisões referentes aos interesses coletivos, mesmo que possamos imaginar que os assuntos sindicais estejam sendo tratados com competência e responsabilidade e de maneira transparente e objetiva.

Enfrentamos um quadro onde a prioridade a ser dada à educação aparece como consenso entre todos os que analisam a nossa inserção na economia cada vez mais internacionalizada. Porém, as ações governamentais estão longe de adequar a prática ao discurso sobre esse tema. Só o esforço conjunto, comprometido e participativo, será capaz de nos garantir a inserção social e política que nosso papel de educadores e pesquisadores requer para a construção desse país.