Evolução da carreira, hoje e em 2015

De posse das tabelas apresentadas pelo governo, coloco, em forma gráfica, a evolução da carreira (eixo x) como ela se encontra atualmente e como ficará em 2015. São dois tipos de gráficos: os gráficos da linha inferior mostram a evolução do vencimento básico (VB) em escala linear, normalizado pelo valor do VB do cargo de Auxiliar 1. Os gráficos da linha superior mostram o salário total dividido pelo VB respectivo, isto é (VB +RT)/VB, o que dá uma idéia do quanto vale a Retribuição por Titulação (RT) em relação ao VB (o eixo y está em escala logarítmica para melhorar a resolução da sua porção inferior). Em todos os gráficos as linhas sólidas pretas descrevem a situação atual. Os quadrados correspondem à proposta do governo para Março de 2015. As linhas tracejadas correspondem à proposta da APUB (proposta BH) e foram colocadas para servir de referência. Nos gráficos da linha superior, as quatro linhas de cada tipo correspondem respectivamente, de baixo para cima, à RT para Aperfeiçoamento, Especialização, Mestrado e Doutorado. Vale ressaltar que, para fins de comparação, estou desconsiderando o encurtamento que houve para os cargos de Auxiliar e Assistente.  Ademais, não adicionei as denominações para EBTT por falta de tempo e familiaridade. Gostaria de destacar os seguintes pontos:

1)    VB: A proposta do governo melhora a amplitude atual da evolução do VB ao longo da carreira, para os regimes de 20 e 40 h, e fica levemente menor para DE, embora a soma dos VB ao longo da carreira fique maior.  A proposta da APUB é melhor para 20 e 40 h, mas fica aquém da proposta do governo para Associado DE. Observa-se para DE que o governo procurou explicitar a diferença entre progressão horizontal e vertical, mantendo, no entanto, pontos de contato com a carreira atual ou até melhorando no caso de Associado.
2)    RT: A proposta do governo é melhor que a atual para Mestrado 20 h, Aperf 40 h, Espec 40 h e Mestrado 40 hd+ fica pior para Mestrado DE e corrige séria distorção que havia na passagem de Adjunto para Associado DE. Observa-se, em geral, que na proposta do governo, em comparação com a atual, ainda persiste um certo ruído em torno de uma tendênciad+  nada tão grave, no entanto,  que não se possa consertar numa próxima negociação.

Lamento se, por falta de tempo, tenha incorrido em falhas na numerologia.

Evolução da carreira, hoje e em 2015 – Tabelas

Maria Luisa Sartorelli
Professora do Departamento de Física- CFM