Em reforma de Bolsonaro, bonificação de mestrado é maior para militares do que para professores

Forças Armadas teriam adicional de 68%, quase três vezes mais do que recebem os docentes do Ensino Básico Federal  

A reestruturação da carreira dos militares proposta pelo governo junto com a reforma da previdência das Forças Armadas aumenta o adicional recebido por essa categoria em caso de especialização.  Se as mudanças forem aprovadas, o valor pago ao militar que faz curso de aperfeiçoamento e de altos estudos categoria 2, equivalentes ao mestrado, seria mais alto do que o recebido pelos servidores federais com a mesma capacitação.

O aumento referente ao aperfeiçoamento passa de 20% para 45%. Já para os altos estudos categoria 2 (mestrado), de 25% para 68%. Na carreira de professor titular do Ensino Básico Federal, com carga horária de 20 horas semanais, o adicional para essa titulação é de 28,6%. Já para professor do Magistério Superior com dedicação exclusiva com mestrado, é de 50%.

No caso do doutorado, a situação se inverte: a maior parte dos servidores federais ainda ganha adicionais consideravelmente mais altos em relação aos militares. Porém, isso não se aplica aos professores titulares do Ensino Básico Federal, com carga horária de 20 horas semanais, que mesmo tendo doutorado receberia um adicional de 60%.

Ao contrário dos servidores, porém, os adicionais de qualificação dos militares são levados para a inatividade. “Não há aposentadoria militar. Os militares inativos permanecem com o adicional de habilitação, conforme o que já é praticado hoje”, informou o Ministério da Defesa.

A proposta de reforma da previdência para os militares foi apresentada no dia 20 de março e chegou ao Congresso com um projeto de reestruturação de carreira, que prevê correções remuneratórias e outros benefícios.

 

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​C.G. / N.O.