“MEC deve deixar de lado a agenda ideológica”, afirma professor de Columbia

Paralisação da pasta nos 100 primeiros dias de governo preocupa o especialistad+ ele  teme que alunos brasileiros paguem a conta

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o Professor da Escola de Educação da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, o brasileiro Paulo Blikstein, alerta que o aprendizado dos alunos foi esquecido em meio à crise interna do Ministério da Educação (MEC).

Para ele, o novo ministro precisa interromper a agenda ideológica que parou o MEC por 100 dias e começar a agenda do aprendizado. Para Blikstein, a pasta é um dos ministérios mais complexos do governo e exige gestão especializada.

“Em vez de ouvir planos estruturantes de longo prazo nesses 100 dias, ouvimos que os adolescentes não têm de receber educação sexual – essencial para o seu bem estar e saúde –, que o professor tem de andar armado, que o livro de História tem de ser revisto, que a escola tem de ser militarizada. Só factoides e ações sem embasamento empírico, sem dados, sem evidência”, afirmou o professor.

“O que se espera do MEC é um programa de longo prazo e execução, com competência, desses programas. Senão, há um sério risco de desorganização profunda do sistema, e quem paga a conta são os nossos alunos”, disse ao jornal.

Leia a entrevista completa: O Estado de SP


C.G/N.O