Pesquisadores da UFMG identificam ataque no WhatsApp contra universidades

Mensagens utilizam conteúdo sexual para ridicularizar instituições

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) identificaram nos últimos dias várias imagens enviadas por WhatsApp ridicularizando universidades federais, atigidas pelo contingenciamento de cerca de 30% no orçamento de custeio. O conteúdo tem em comum o conteúdo sexual, com jovens nus ou temas de dissertações sobre sexualidade, prinincipalmente com a temática LGBT. O monitoramento foi feito através do WhatsApp Monitor, sistema criado por cientistas da computação da UFMG.

O programa monitora cerca de 500 grupos públicos no aplicativo, ou seja, aqueles nos quais a entrada se dá por links publicados em redes sociais. Em entrevista à Folha, o pesquisador Fabrício Benvenuto disse que “várias mensagens” apareceram sobre o tema, “do nada”. “Politicamente, esses grupos pareciam desmobilizados desde a eleição, mas a gente notou um aumento desse tipo de mensagem e compartilhamento, ainda que não se compare com o que houve ano passado”, afirmou.

O volume de mensagens atacando universidades cresceu a partir do dia 3 de maio, na mesma semana em que o governo anunciou o bloqueio do orçamento das instituições em 30%. Embora seja impossível apontar a autoria do conteúdo, a padronização das imagens chama a atenção dos pesquisadores: as dissertações escolhidas são das ciências humanas, com temas ligados à população LGBT.

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