Pró-reitor da Unicamp defende importância da pesquisa em todas as áreas

Defesa da pesquisa científica fez parte do depoimento do Professor Munir Salomão Skaf à CPI das Universidades na segunda-feira (9)

O Pró-Reitor de Pesquisa da Unicamp, professor Munir Salomão Skaf, defendeu a importância da pesquisa científica em todas as áreas e níveis de atuação da universidade, durante depoimento prestado nesta segunda-feira, (09), em audiência na CPI das Universidades que está em curso na ALESP (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo).

O projeto da CPI é de autoria de Wellington Moura (PRB) e a Comissão foi instaurada no final de abril para investigar  as contas da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Em seu depoimento, Skaf apontou que a pesquisa científica e acadêmica provoca impactos na sociedade que são sentidos em pelo menos três níveis: o intelectual, pela geração de novos conhecimentos que tornam a sociedade mais sábiad+ o social, que provoca transformações que tornam a sociedade melhor e, por fim, o econômico, com a geração de riquezas, produtos, processos e empregos.

O professor realizou ainda uma exposição dos investimentos e das linhas de pesquisa na Unicamp, em decorrência de questionamentos levantados pela deputada Carla Morando (PSDB), sub-relatora da CPI, e Valéria Bolsonaro (PSL). As deputadas questionaram o investimento em pesquisas “sem aplicabilidade e retorno econômico imediato” e apontaram em especial as pesquisas nas áreas de humanas.

Em resposta, Skaf apontou pesquisas realizadas pela própria universidade que, aparentemente sem aplicabilidade imediata, geraram ao longo do tempo novas pesquisas que deram origem a patentes importantes e até a abertura de empresas incubadas na Unicamp e que hoje exportam serviços para vários países.

Com relação às pesquisas nas áreas de humanas, Skaf lembrou que elas estão na base de formação do conhecimento da sociedade. “Se eu deixar de aplicar em humanidades, para onde vai a educação, a educação básica, a formação de ensino, a licenciatura? (…) História e literatura não é essencial para o ser humano? Sou um profundo defensor da evolução do conhecimento e a área de humanas é extremamente importante”, respondeu ele.

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