Sinte repudia prova que debocha da formação docente

Texto que indignou professores foi retirado da revista Veja; seleção de professores para Admissão em Caráter Temporário (ACTs) foi realizada no domingo (15)

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Santa Catarina (Sinte) divulgou nota de repúdio em seu site e redes sociais a uma das provas aplicadas para seleção de professores temporários, no último domingo (15). O texto introdutório à prova de “conhecimentos gerais”, extraído e adaptado da revista Veja, argumenta contra a formação dos professores e critica a progressão salarial conforme a titulação de mestres e doutores.

Intitulado “Nível de formação dos professores faz diferença no desempenho dos alunos?”, o texto advoga contra a efetividade da formação docente e de sua respectiva valorização salarial. Confira:

prova para seleção de professores/Sinte
Prova debocha da formação docente

“É com muita indignação que o SINTE Regional Florianópolis traz a público a questão aplicada na prova de hoje, 15.12, para a contratação de professores ACTs no Estado. Já não basta ser um concurso para temporário – uma aberração apenas naturalizada num cenário de educação sucateada – a prova trouxe em uma das questões um texto com dados infundados, cujo conteúdo claramente despreza a formação profissional de professores e professoras”, diz um trecho da nota.

“Publicado originalmente por uma das revistas que mais responde a processos por calúnia e notícias falsas, utilizá-lo nessa prova é uma afronta, um deboche, algo inadmissível em qualquer cenário onde a educação é tratada de forma respeitosa – o que claramente não é o nosso caso. É, enfim, um escárnio!”, interpreta o Sinte.

O sindicato questiona: “de onde saíram essas ideias que desejam se legitimar, sem merecimento acadêmico? O que elas representam?”. Seja como for, o fato é que  “este repertório atenta contra as conquistas históricas do Magistério, representada pelo Plano de Carreira, onde a titulação faz o(a) profissional progredir na sua vida funcional, obviamente estimulada pelo justo  melhoramento dos salários, legalmente estabelecidos”.

“Esses CARRASCOS da EDUCAÇÃO, querem profissionais desestimulados e estagnados em conhecimentos, para reproduzir essas mesmas condições, aos(as) alunos(as)”.

Imprensa Apufsc