Higiene bucal pode ajudar a prevenir complicações da Covid-19

Segundo professor da USP, a boa higienização bucal pode até mesmo evitar problemas pulmonares, considerados agravantes nos contaminados pela Covid-19

Em meio à pandemia do novo coronavírus, a maior preocupação é cuidar da higiene pessoal, principalmente das mãos. Mas os cuidados com a higiene bucal também devem ser lembrados, afinal, uma das portas principais de entrada do vírus é a boca.

Manter uma boa higiene bucal é também importante forma de prevenção de doenças nesta pandemia. E o cuidado redobrado com a higiene das mãos é de extrema importância para a nossa saúde bucal. É o que explica o professor Vinícius Pedrazzi, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da Universidade de São Paulo ao Jornal USP. 

A recomendação do especialista é ter cuidado de higienizar as mãos, usando os protocolos corretos, antes de higienizar a boca. “Como as mãos vão ser imprescindíveis para o uso do fio dental, do higienizador de língua e da escova de dentes, é importante que estejam bem higienizadas, para que a gente possa levá-las até a cavidade bucal”, diz Pedrazzi.

O professor explica que o estado de saúde do paciente que tenha contraído a covid-19 pode ser agravado, caso sua higiene bucal não seja feita da maneira correta. E, ainda, que uma boa higienização da boca pode evitar, principalmente, problemas pulmonares que tornam a doença ainda mais perigosa.

“É muito importante que nós façamos a higienização correta da língua e de todos os dentes, mas com cuidado muito especial para os molares, aqueles mais próximos da faringe, para evitar a pneumonia por aspiração. Então, para prevenir quem está com coronavírus, e mesmo quem não tenha a doença, de agravos de infecções pulmonares, é imprescindível a higienização bucal correta”, destacou.

Outro alerta de Pedrazzi é para a troca de escova dental que deve ser feita sempre que uma pessoa estiver se recuperando de alguma infecção, para evitar risco de recontaminação, além da importância do uso de fio dental e enxaguante bucal.

Leia na íntegra: Jornal da USP