Guedes quer congelamento de salário de servidor por um ano e meio

Servidor não pode ficar em casa, com geladeira cheia, enquanto brasileiros perdem emprego, diz o ministro

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira (27) que os servidores públicos não podem ficar em casa, com a ​geladeira cheia, observando a crise econômica provocada pelo novo coronavírus,  sem dar sua cota de sacrifício. Ele solicitou aos funcionários públicos que não peçam aumento pelo período  de um ano e meio.

 “Precisamos também que o funcionalismo público mostre que está com o Brasil, que vai fazer um sacrifício pelo Brasil, não vai ficar em casa, trancado com geladeira cheia, assistindo a crise, enquanto milhões de brasileiros estão perdendo emprego”, disse Guedes ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após uma reunião no Palácio da Alvorada.

“Não, eles vão colaborar. Vão também ficar sem pedir aumento por algum tempo. Ninguém vai tirar, e o presidente disse ‘ninguém tira direito, ninguém tira salário, ninguém encosta em nenhum direito que existe hoje’. Mas, por atenção aos brasileiros, para nos ajudar no combate a esta crise, não peçam aumento por um ano e meio, contribuam com o Brasil”, continuou Guedes.

O estado de calamidade aprovado em decorrência da pandemia do novo coronavírus levou o governo Bolsonaro a editar uma medida provisória permitindo a redução provisória de até 70% do salário e da jornada de trabalhadores da iniciativa privada.

Aplicando-se de forma geral uma redução de 25% do salário e da jornada do funcionalismo público durante três meses, haveria uma economia de R$ 6,4 bilhões calcula a equipe econômica.

Folha de São Paulo