Comércio no entorno da UFSC tem queda de até 80% nas vendas

Sem ônibus e aulas, comércio e serviços dos bairros Pantanal e Trindade, em Florianópolis, amargam prejuízos no quinto mês da pandemia de Covid-19

O segmento de comércio e serviços no entorno da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), em Florianópolis, segue de portas abertas, mas à beira do colapso. Muitos demitiram funcionários e apelaram para linhas de crédito do governo para se manter em funcionamento.

Contudo, sem aulas presenciais na universidade e com a nova suspensão do transporte coletivo municipal e intermunicipal pelo governo do Estado de Santa Catarina, a clientela praticamente sumiu e as vendas despencaram entre 50% e 80%.

A reportagem do nd+ circulou pelos bairros Pantanal e Trindade nesta terça-feira (28) e colheu relatos de alguns empreendedores locais.

Queda brusca no movimento

Em um dos comércios do bairro Pantanal, que agrega restaurante, padaria e mercearia, o movimento caiu cerca de 70% desde o começo da quarentena, em março. Além disso, dos 17 funcionários, apenas nove permanecem trabalhando. O que ajuda a manter o negócio em funcionamento é a padaria, que atrai a clientela durante o expediente.

De acordo com o caixa Aislom Corrêa, de 37 anos, o número de almoços servidos diariamente caiu de 200 para 60 refeições e o delivery pouco ajuda. “Reduzimos a quantidade de mesas pela metade e as entregas que giravam em torno de 40 pedidos caíram para seis refeições por dia”, afirma.

Outro segmento que amarga prejuízos é o de fotocópias. Conforme o funcionário Rafael dos Santos Gemelle, 34, o Centro de Impressão onde trabalha tem sete unidades, com seis funcionando dentro do campus da UFSC. “Todas fecharam, só essa aqui ficou aberta, mas o movimento caiu 80%. Nós dependemos dos universitários para sobreviver”, diz.

A simbiose com a universidade é tamanha que, sem uma reinvenção dos negócios, empreendedores ficam à mercê de quem se aventura a circular pelas ruas, em saídas inevitáveis durante a quarentena. Com isso, a rotina da copiadora acabou se resumindo a receber pedidos por e-mail ou whatsapp, que são entregues no balcão para retirada. “Mas leva uns três meses para vir um trabalho grande”, conta o funcionário.

Confira a reportagem completa: ND+