Escola que tiver caso de Covid deve reavaliar manutenção de atividades, diz ministério em guia sobre retomada

Guia do Ministério da Saúde traz dicas básicas e indica que gestores devem avaliar situação de cada município e estado

O Ministério da Saúde divulgou na última sexta-feira (18) um documento sobre a retomada das atividades escolares. Nas 16 páginas do arquivo (Orientações para retomada segura das atividades presenciais nas Escolas de Educação Básica no Contexto da Pandemia da Covid-19aqui em PDF), a pasta compila dicas básicas de higiene e reforça que a responsabilidade na condução do processo de reabertura é das autoridades locais.

Em um dos pontos, o Ministério se propõe a responder à pergunta: “O que fazer com casos de Covid-19 na escola?”.

“Em situação de caso confirmado, os profissionais e a comunidade escolar devem ser informados, e as atividades escolares devem ser reavaliadas”, segundo o Ministério da Saúde. A pasta não divulgou orientações mais específicas e não respondeu, durante coletiva de imprensa nesta sexta, qual o protocolo exato que deve ser adotado nessa situação ou quais as possíveis consequências da “reavaliação”.

No documento, o ministério apenas cita que “é necessário acompanhar as normativas estaduais e municipais sobre o retorno às aulas, distanciamento social e demais iniciativas de enfrentamento da Covid-19”.

“A finalidade [do guia] é garantir condições de segurança para quando voltarem as aulas, as escolas terem condições de higiene e os alunos retomem às aulas com segurança”, disse Élcio Franco, secretário-executivo do ministério.

Medidas de prevenção

Além do ponto sobre a reavaliação das atividades quando houver casos confirmados, o ministério lista medidas de prevenção:

  • Capacitar profissionais
  • Manter comunicação constante com a comunidade escolar
  • Preservar distância mínima de 1 metro entre alunos
  • Uso de máscara pelos alunos
  • Evitar atividades em grupo
  • Limpeza das mãos e etiquetas respiratórias
  • Manter ambientes limpos
  • Evitar uso de áreas comuns

“O retorno às aulas será decidido pelo gestor local baseado em aspectos relativos a variação da curva epidemiológica, a capacidade de resposta da rede de atenção à saúde e a outros critérios que ele poderá considerar para tomar essa decisão”, afirma Élcio Franco, secretário-executivo.

Repasse de verba

O Ministério da Saúde informou ter repassado R$ 454,3 milhões para apoiar as atividades de retomada nas escolas.

“Esse recurso ele pode ser utilizado para comprar exatamente o que o muitos gestor tem dificuldade para comprar: como álcool gel, como material de higiene, de limpeza, máscara para criança e adolescente que acharem necessário”, disse Raphael Câmara Parente, secretário de Atenção Primária à Saúde.

Fonte: G1