UFSC na Mídia: descoberta de professores da UFSC integra catálogo internacional de busca por vida extraterrestre

A VVV-WIT-07 é uma estrela tão peculiar que os pesquisadores pensam que talvez a explicação para seu comportamento seja atividade extraterrestre

Destaque na publicação internacional Air and Space Magazine, a VVV-WIT-07 é uma estrela tão peculiar que talvez a explicação para seu comportamento seja atividade extraterrestre. O objeto, identificado pelo projeto VVV (VISTA Variables in the Via Lactea), que tem como um dos líderes o astrônomo Roberto Saito, e como co-autor da descoberta Raymundo Baptista,  ambos professores do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pode abrigar estruturas extraterrestes e, por esse motivo, foi incluído em catálogo internacional do mais reconhecido projeto científico internacional de busca por vida inteligente fora da Terra.

Intitulada “os mais estranhos objetos do universo” (em tradução livre), a publicação da Air and Space Magazine acentua o que Roberto Saito afirma ser um “objeto um em um bilhão”. A especificidade da estrela VVV-WIT-07 (WIT é a sigla, em inglês para “o que é isto?”) é que este objeto observado há oito anos apresenta irregularidades e repentinas quedas em seu brilho de 30 a 40 por cento, e até com registro de queda de 80%.

Segundo Roberto, essas quedas indicam que o astro pode estar sendo eclipsado por um sistema de anéis planetários muitas vezes maior que o de Saturno, por um sistema de cometas ou por um disco de poeira irregular. A rara condição deste objeto astronômico, no entanto, pode sugerir que seus eclipses, quando observados da Terra, indicam a passagem de tecnologias de engenharia de seres inteligentes. E por isso foi incluída no catálogo do projeto SETI.

Projeto Seti e as tecnoassinaturas

Há décadas cientistas do mundo todo têm se engajado na pesquisa por inteligência extraterrestre no projeto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence, que significa, em tradução livre, Busca por Inteligência Extraterrestre). Nos primeiros anos do projeto SETI, os astrônomos se dedicaram a procurar por vida como a que existe na Terra, ou seja, em planetas como o nosso em características e tamanho e que orbitem uma estrela semelhante ao nosso Sol e em distância semelhante a que nosso planeta possui de sua estrela.

Outra opção de pesquisa mais recente, no entanto, parte do pressuposto de que, pela idade do universo, a vida inteligente pode ser bilhões de anos mais antiga que a vida humana. Isso pode significar que alienígenas podem ter desenvolvido tecnologia, inclusive, para reengenharia de um sistema solar, o que implicaria em possíveis megaestruturas no espaço, como as que podem eclipsar a estrela descoberta por Roberto Saito e sua equipe.

Chamadas de tecnoassinaturas, essas estruturas têm sido buscadas como mostras possíveis de vida inteligente extraterrestre. A procura por projetos de engenharia alienígena sofisticada é uma tênue linha possível para novos fenômenos astronômicos, e que não pode ser negligenciada, segundo Andrew Siemion, principal investigador do projeto Breakthrough Listen, do centro de pesquisa da Seti em Berkeley, no Estados Unidos.

Com isso, o projeto analisa os mais estranhos objetos do universo e já tem um catálogo com cerca de 800 objetos astronômicos que apresentam peculiaridades que podem ser explicadas pela existência de tecnoassinaturas alienígenas e que são, portanto, candidatos a averiguar esta hipótese, dentre eles a VVV-WIT-07, este objeto um em um bilhão.

Mais informações
A matéria completa publicada pela Air and Space Magazine está disponível no link abaixo, em inglês: Air and space – The Weirdest Objects in the Universe

Fonte: Notícias UFSC