Um ano após pandemia forçar EAD, nenhum estado dá equipamentos básicos para ministrar ensino remoto

Como mostra O Globo, quatro estados abriram licitações para adquirir notebooks, tablets ou celulares

Nenhum estado comprou equipamentos digitais (tablets, computadores ou celulares) para alunos acompanharem as aulas remotas durante a pandemia. Amanhã completa-se um ano do fechamento das escolas no Brasil por causa da Covid-19. Nesse tempo todo, no qual a educação em casa se tornou realidade no país inteiro, metade das redes estaduais não garantiu nem pacote de dados para seus estudantes.

Até agora, o que se tem são licitações abertas para a compra de equipamentos. O Ceará pretende adquirir 120 mil tablets. Eles vão custar R$ 112 milhões. Já o Espírito Santo, Goiás e o Rio Grande do Sul programam a compra de Chromebooks — um modelo simples de notebook da Google que só funciona on-line.

A falta de atuação do poder público mantém um cenário de desigualdade no qual 55% dos filhos de pais sem instrução não têm acesso à internet, segundo pesquisa do Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), criado recentemente pelos economistas Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, e Paulo Tafner. A fatia cai para 4,9% quando os pais concluem a universidade.

Leia na íntegra: O Globo