Confere UFSC: projeto checa publicações que atacam a UFSC com desinformação

Confira algumas afirmações recentes, e o contraponto da Universidade

Mentiras, mitos, desinformação, fake news. São muitos os termos usados para qualificar informações que, na verdade, não informam. Muitas mentiras como essas se disseminam nas redes sociais e até nos veículos de comunicação.

Confere UFSC, projeto da Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina, analisou conteúdos carregados de informações falsas e tendenciosas sobre a instituição que são disseminadas livremente e carecem de fatos.

Confira, abaixo, algumas afirmações recentes, e o contraponto da Universidade.

Reprodução do Jornal Notícias do Dia (19/08/2021)

“São quase dois anos de inércia e de graves prejuízos para os universitários, com atraso de formaturas e deficiência na grade curricular.” Coluna Moacir Pereira – Altair Magagnin (interino), Jornal Notícias do Dia, 19 de agosto de 2021

UFSC (@UFSC) | Twitter
Reprodução do Jornal Notícias do Dia (19/08/2021)

NÃO CONFERE

O calendário acadêmico da UFSC foi adaptado há mais de um ano, em agosto de 2020, com aulas em formato não presencial, após um criterioso debate e avaliação pelo Conselho Universitário, com a preocupação de que nenhum aluno fosse excluído das atividades, seja por falta de equipamentos ou de acesso à Internet. 

As formaturas seguiram sendo realizadas, geralmente com grupos menores e em solenidades transmitidas pela Internet.

Quanto à evolução curricular, a UFSC, em maio deste ano, aprovou a realização de aulas práticas e teórico-práticas, além de estágios, para possibilitar o avanço das turmas. Estágios na área de saúde e atendimentos ao público em clínicas-escola já acontecem presencialmente.

Neste semestre, a UFSC está oferecendo cerca de 2800 disciplinas em formato on-line, só na Graduação.

Fontes:
Clínica de Fonoaudiologia da UFSC realiza exames e atendimentos presenciais com atenção à biossegurança
UFSC prepara retorno de práticas de ensino e estágios presenciais na Saúde
Câmara de Graduação regulamenta oferta de disciplinas presenciais para os semestres em calendário excepcional
Colações de grau on-line são alternativa às formaturas presenciais durante a pandemia
Formatura on-line de novos médicos é solenidade inédita na UFSC

“Professores continuam recebendo regularmente seus salários, muitos deles bastante altos em relação ao mercado, sem precisar trabalhar.”
Coluna Moacir Pereira – Altair Magagnin (interino), Jornal Notícias do Dia, 19 de agosto de 2021

NÃO CONFERE

As servidoras e servidores técnicos e docentes da UFSC, em nenhum momento, deixaram de trabalhar. Desde março de 2020, portarias da Reitoria estabeleceram a modalidade remota de trabalho dos setores administrativos e acadêmicos. Muitas atividades foram liberadas para continuar a ocorrer presencialmente, como os serviços de segurança e vigilância, manutenção de biotérios, criação de animais e atividades de laboratórios. 

Antes do reinício das aulas em formato on-line, professores buscaram capacitação para utilização dos recursos virtuais de aprendizagem, de modo a viabilizar o ensino remoto. Em muitos casos, professores e técnicos apontaram que estavam dedicando mais horas ao trabalho no ambiente remoto em relação ao presencial. 

Há que se considerar também as inúmeras pesquisas, iniciativas e projetos de extensão em benefício da comunidade desenvolvidos neste período, sem interrupção.

Fontes:
Ações da UFSC contra o Coronavírus
Coordenadores de cursos fazem avaliação positiva do ensino não presencial na UFSC
Presencialmente ou a distância: trabalhadores da UFSC seguem firmes a serviço da educação

A UFSC sai da inércia e deve retomar as atividades presenciais no mês de setembro. Um ano e meio de dinheiro público jogado fora.
Deputado Jessé Lopes, Twitter, 17 de agosto de 2021

NÃO CONFERE

O investimento público nas universidades federais também costuma ser questionado quando se fala das aulas remotas durante a pandemia. A Universidade não esteve na inércia e o investimento público na Universidade é retornado à sociedade em inúmeros projetos de pesquisa e extensão, e na formação de mais de 40 mil estudantes.

O orçamento da UFSC, frequentemente citado em publicações tendenciosas, é destinado principalmente ao pagamento de salários, aposentadorias, e encargos sociais. Os recursos que a Universidade pode efetivamente gerenciar são as chamadas verbas de custeio, usadas para pagar despesas correntes e os recursos para investimentos que, somados, correspondem a cerca de 10% do orçamento total. 

Esses recursos orçamentários têm sofrido reduções nos últimos anos ou aumentado em percentual insuficiente para fazer frente à inflação. O orçamento de Capital (destinado a investimentos), por exemplo, que já foi de R$ 56 milhões em 2015, é de pouco mais de R$ 6 milhões este ano.

Com esse investimento, mesmo com suas constantes reduções, a UFSC garante educação pública de qualidade para cerca de 30 mil alunos de Graduação e quase 9 mil alunos da Pós-Graduação, com programas de assistência estudantil de grande alcance. Mantém em funcionamento diversos programas e projetos de extensão, em todas as áreas do conhecimento. E realiza pesquisas que trazem benefícios imensuráveis financeiramente a toda sociedade catarinense e brasileira.

Durante a pandemia, o investimento público na UFSC retornou à sociedade no atendimento à população em projetos de extensão que continuaram no formato on-line. Alguns que inclusive tiveram recorde de inscrições, como os cursos de extensão do programa Floripa Mais Empregos, em parceria com a Prefeitura Municipal. A UFSC cedeu equipamentos como os ultrafreezers, espaço físico e pessoas para o esforço de vacinação, desenvolveu pesquisas e atendimentos aos pacientes pós-covid, ofereceu programação cultural gratuita via Internet, e muito mais. 

E o Hospital Universitário, também financiado com verba pública da Educação, além de atender pacientes com Covid-19 24h por dia, avançou na pesquisa da prevenção, recuperação e reabilitação dos pacientes com a doença.

Fonte:
HU/UFSC concentra maior volume de pesquisas sobre Covid-19 nos hospitais da rede Ebserh
Prestação de Contas e Transparência UFSC

A Frente Parlamentar Mista pela Valorização das Universidades Federais foi dirigida por um colegiado de esquerda, para disseminar sua pauta ideológica

Reprodução do YouTube (19/08/2021)

https://www.youtube.com/watch?v=TRcKnIRc9ZY
Paulo Alceu, NDTV, em 18 de agosto de 2021

NÃO CONFERE

A Frente Parlamentar, criada em 2019, tem como signatários deputados de 24 partidos, representantes de todo espectro político brasileiro. Além de partidos de esquerda, é composta por deputados do PSD, PSL, PP, DEM, Pode, Pros, Republicanos, PSDB, MDB, Novo, PSC, PL, Avante e PTB, que não se identificam como partidos de esquerda. 

De Santa Catarina, são signatários da Frente os deputados Angela Amin (PP), Helio Costa (Republicanos), Pedro Uczai (PT) e Rodrigo Coelho (PSB), além dos senadores Esperidião Amin e Jorginho Mello.

Fonte:
Frentes Parlamentares (Câmara dos Deputados)

Reprodução do Jornal Notícias do Dia (20/08/2021)

“A postura irresponsável da UFSC, que manteve seu quadro de professores e servidores em casa, ganhando sem trabalhar por tanto tempo, custará muito caro aos catarinenses”
Editorial do Jornal Notícias do Dia, 20 de agosto de 2021

NÃO CONFERE

As servidoras e os servidores da UFSC, sejam docentes ou técnico-administrativos em Educação, trabalharam durante toda a pandemia, sem interrupção. Seja em seus setores, em seus projetos de pesquisa e de extensão, na preparação para as aulas remotas, na comunicação, na manutenção, na segurança e na saúde. 

Afirmações como estas, além de espalhar desinformação, ofendem mais de 5,8 mil pessoas que não ficaram sem trabalhar em nenhum momento durante todo o período da pandemia de Covid-19. Assim que foram suspensas as atividades presenciais, servidores e professores passaram a trabalhar a partir de suas casas, usando muitas vezes os próprios equipamentos e assumindo gastos com energia elétrica e telecomunicações, por exemplo. Alguns setores mantiveram trabalho presencial, como os serviços de segurança e vigilância, biotérios e criação de animais.

Esse trabalho remoto, em muitos casos, exigiu a adaptação ao novo formato, com aprendizado de tecnologias de informação e comunicação por parte dos servidores administrativos e de recursos tecnológicos de aprendizagem por parte dos docentes. Não raro, servidores passaram a dedicar mais horas do seu dia para dar conta das atividades. 

Em relação aos docentes, o trabalho começou muito antes do início das aulas remotas. A cada semestre, os professores trabalharam para adaptação de mais de três mil programas de disciplinas e planos de aula. A nova forma de dar aulas também trouxe desafios, como horas dedicadas à preparação de vídeos. Na primeira avaliação do ensino remoto, realizada em novembro de 2020 pela Pró-Reitoria de Graduação, alguns professores relataram sobrecarga de trabalho.

Fontes:
Administração Central da UFSC reflete sobre ano letivo de 2020 e prepara novas medidas para primeiro semestre letivo de 2021
Covid-19: um ano de pandemia na UFSC
Presencialmente ou a distância: trabalhadores da UFSC seguem firmes a serviço da educação

Metodologia

O Confere UFSC é uma iniciativa da Agência de Comunicação (AGECOM) da UFSC. A metodologia do Confere UFSC começa com a observação diária do que é dito acerca da UFSC em jornais, revistas, rádios, programas de TV e na internet. Essas afirmações são a matéria-prima das checagens produzidas pela agência. Saiba mais.

Fonte: Notícias UFSC