Protesto de servidores pressiona Guedes e pede reajuste de 28%

Categoria inicia mobilização e promete paralisar as atividades, nesta terça-feira (18/1), em busca de aumento

A primeira de três paralisações de servidores públicos, marcada para acontecer hoje, será um teste para avaliar a força do funcionalismo no embate com o governo por recomposição salarial. Liderado por representantes da elite do funcionalismo, o movimento cobra aumento de até 28,15% nos contracheques e ganhou força após o presidente Jair Bolsonaro prometer verba apenas para corrigir os vencimentos de policiais.

De acordo com estimativa do Ministério da Economia, cada 1% de reajuste salarial implica aumento de R$ 3 bilhões nas despesas. Assim, caso a reivindicação seja atendida, o custo para os cofres públicos seria de R$ 84,45 bilhões por ano. O Orçamento de 2022 prevê apenas R$ 1,7 bilhão para reajustes salariais — exatamente o dos policiais, base política de apoio do presidente.

Os atos de hoje foram inicialmente convocados pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que reúne grupos de auditores fiscais da Receita, servidores do Banco Central, diplomatas e outros. Na última sexta-feira, a mobilização recebeu o reforço do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), que representa leque mais amplo de carreiras, inclusive aquelas com menores salários, e promete participar do ato.

Saiba mais sobre as mobilizações: Correio Braziliense