“A ciência vai ter vez no Brasil”, afirma ministra Luciana Santos

Em reunião com o presidente Lula, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação discutiu a recomposição orçamentária do MCTI e o reajuste das bolsas de pesquisa

A ministra Luciana Santos se reuniu na última sexta-feira, dia 13, no Palácio do Planalto, com o presidente Lula para tratar das primeiras ações e iniciativas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Em entrevista à Voz do Brasil, ela explicou que um dos assuntos discutidos foi a recomposição orçamentária do MCTI e a Medida Provisória 1.136/2022, que contingencia recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico até 2026. Outra medida discutida com o presidente é o reajuste das bolsas de pesquisa do CNPq e da Capes.

“O presidente Lula está convidando alguns ministros para buscar as primeiras ações e iniciativas de determinadas pastas. Nós tratamos da recomposição orçamentária do ministério, na medida em que a ciência vai ter vez no Brasil. Outra iniciativa importante é relacionada ao CNPq e à Capes. Nós estamos fazendo um estudo junto com o ministro da Educação, Camilo Santana, na perspectiva de reajustar as bolsas que estão congeladas há nove anos”, disse a ministra.

Ela destacou ainda o programa Futuras Cientistas no âmbito das comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, em 8 de março. Criado pelo Centro de Tecnologias do Nordeste (Cetene), unidade de pesquisa do MCTI no Recife (PE), o programa, que foi nacionalizado, facilita o acesso de alunas do Ensino Médio às carreiras científicas.

“O resultado é muito positivo: 70% das bolsistas passaram no vestibular e, destas, mais de 80% foram para carreiras de ciência e tecnologia. Um estímulo muito grande às jovens cientistas.”

Segundo a ministra Luciana Santos, outro programa que pode ganhar escala nacional é o Embarque Digital. Implantado no Recife, ele promove a participação de jovens em cursos na área de Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC). Metade das vagas ofertadas é para negros e pardos, e o desempate é por gênero, ou seja, as jovens têm prioridade na ocupação das vagas.

“Temos um déficit muito grande de oferta de mão de obra na área de TI. Como exemplo, o Porto do Digital do Recife possui 340 empresas e 2,5 mil vagas ofertadas, mas não tem pessoas aptas a ocupar essas vagas. Esse programa oferece cursos de tecnólogo, de nível superior, de 2 anos e meio de duração, e a gente, então, vai formar uma leva de pessoas nessa área tão dinâmica e estratégica que é a TIC”, ressaltou a ministra.

Fonte: MCTI