Evento reuniu 180 representantes de instituições e governo do Brasil e da China. O reitor da UFSC participou do encontro
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Associação Chinesa de Educação para Intercâmbio Internacional (Ceaie) realizaram nesta terça-feira, dia 3, o Fórum de Reitores Brasil/China, com objetivo de promover o diálogo e a cooperação internacional entre instituições de ensino superior, fortalecendo parcerias acadêmicas, científicas e de inovação. O evento reuniu, em Brasília, 180 representantes de instituições de ensino superior e de governos dos dois países. O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, participou do encontro.
Ao participar da abertura do Fórum, o presidente substituto e diretor de Avaliação da Capes, Antonio Gomes de Souza, destacou a dimensão da pós-graduação brasileira, com 500 mil estudantes em 7 mil cursos de mestrado e doutorado, e a responsabilidade da agência no fomento e avaliação deste sistema de formação e pesquisa. “O investimento em pesquisa tem contribuído para o avanço do país e na resolução de problemas que são típicos das nações em desenvolvimento.
O dirigente disse ainda que “a geografia da produção de conhecimento no mundo mudou: hoje, temos pesquisadores trabalhando em ciência nos países considerados de renda média e baixa, mostrando que têm sido capazes de realizar pesquisa de qualidade.” Reforçou ainda o interesse do Brasil em estreitar relações com a China para fortalecer as cooperações Sul-Sul.
O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Marcus Vinícius David, ressaltou que o Fórum reafirma o compromisso bilateral com o fortalecimento da educação superior como pilar estratégico para o desenvolvimento sustentável e a promoção da inovação. “A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China reforçou a centralidade da educação na agenda bilateral com a assinatura de memorandos para ampliação da cooperação científica e institucional. ”Para ele, a internacionalização da educação superior é um instrumento de transformação social, redução de desigualdades e promoção da ciência e da tecnologia com responsabilidade.
Para Yang Jun, vice-presidente e secretário-geral da Ceaie, o intercâmbio entre Brasil e China representa um avanço rumo a um mundo mais justo e sustentável. “É um canal para aumentar o conhecimento e a amizade”, reforçou. Segundo ele, a parceria é um forte instrumento para enfrentamento de crises e de promoção de um desenvolvimento integrado entre educação e empresas.
Na parte da manhã, foram realizados dois painéis de debates: Acelerando o desenvolvimento do ensino superior na China e no Brasil com a reforma e a inovação como força motriz e Digitalização e Inovação na Educação. Pela CAPES, participaram os diretores Marcia Ferreira (Formação de Professores da Educação Básica) e Antônio Carlos Amorim (Educação a Distância).
Participaram como debatedores Mariano Francisco Laplane, da Unicamp, Zhao Peng,vice-presidente da Beijing Jiaotong University, Yu Xianghui, vice-presidente Jilin University , Fernando de Barros Filgueiras, director de Informação Estratégica e Inovação do Ministério da Educação, Zhou Pengcheng, vice-presidente da Huazhong Normal University, Jin Li, vice-presidente da Southern University of Science and Technology, e Liu Xuanxuan, vice-presidente da Open University of China.
Andifes participou do evento
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) participou do Fórum de Reitores Brasil-China, nesta terça. O presidente da entidade, José Daniel Diniz Melo, ressaltou o papel das universidades brasileiras. “Em nome da Andifes, que representa todas as universidades federais do Brasil, ressalto a importância deste encontro. Nossas universidades têm grande potencial de cooperação internacional, e considerando as boas relações entre Brasil e China, há uma oportunidade significativa para fortalecer essa colaboração.”
José Diniz celebrou ainda a assinatura do Memorando de Entendimento entre a Capes e a Cenai, “que poderá resultar em um acordo concreto de apoio às universidades”, segundo ele.
