Salários II

*Por Nestor Roqueiro

O título deste artigo poderia ser “Pastando”, mas vou manter a sequência para evidenciar o tempo investido em desatender à categoria.

“De acordo com o texto, os aumentos serão de 8% ao ano, em 2026, 2027 e 2028, de forma sucessiva e cumulativa…. Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/justica/stf-envia-projeto-ao-congresso-para-reajustar-os-salarios-dos-servidores-do-judiciario/.“

Passou-se um mês e cá estamos…de novo…reclamando atenção aos salários…pois nem metade de uma vírgula foi escrita a este respeito pela condução do sindicato. Não que isto surpreenda, de jeito maneira, era o esperado. A briga pelo salário foi arrancada à força pelo movimento docente à revelia dos desígnios da cúpula do proifes (minúscula por favor) e os efeitos vão durar até 2026. Última atualização do salário para acompanhar a inflação.

Para 2027 eeeeeeeeeehhhhhhh….. nada! Nadica de nada!

Resultado previsível para fim de 2027? Perda do poder aquisitivo em proporção igual à inflação do ano. Claro, somada aos 40% de perda aquisitiva da era Temer-Bolsonaro, que desta não recuperamos nada.

O que surpreende, para mal, é a pouca importância que os escritores neste espaço dão às questões sindicais. Existem extensos textos de análise e propostas em relação à Reitoria da UFSC, e não me animo a cogitar que este espaço seja usado como palanque para propaganda eleitoral, mas não existe um p… texto de crítica à condução do sindicato e seu descaso com a questão salarial dos docentes.

Lembro aos colegas que a razão da criação dos sindicatos foi a de reunir trabalhadores, que individualmente seriam fracos demais, para reivindicar salário e condições de trabalho aos patrões.

Se o sindicato não luta por SALÁRIO!!! não é um sindicato, pode chamar de associação, clube, turma, confraria ou o nome que der na telha, mas SINDICATO NÃO!

Vamos para mais um mês, e a esperar que não tenha que escrever Salários III.

Naides, más que naides, y menos que naides”. Inscripción en el facón de Ángel Vicente Peñaloza (“El Chacho”)

*Nestor Roqueiro é professor do Departamento de Engenharia de Automação e Sistemas da UFSC

Artigo recebido às 09h53 do dia 29 de setembro de 2025 e publicado às 12h07 do dia 25 de setembro de 2025