Edital do MEC que facilita a oferta de cursos de Medicina gera reação e disputa interna na rede privada

Algumas faculdades privadas acreditam ter que seguir normas mais rígidas do que as permitidas à concorrência, aponta o Globo

O edital do Ministério da Educação (MEC) que facilitou a abertura de novos cursos de Medicina gerou reações de parte das instituições privadas, além de um racha dentro da rede particular. O ponto de discórdia são as regras específicas criadas para as entidades comunitárias, que são sem fins lucrativos — elas permitiram, por exemplo, que a Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio) habilite-se a oferecer a graduação na área, algo que buscava há uma década. Outras faculdades privadas, no entanto, entendem que passaram a ser alvo de normas mais rígidas do que as permitidas à concorrência e iniciaram uma ofensiva junto ao governo federal em busca de “isonomia regulatória”.

Nos últimos anos, as particulares com fins lucrativos dominaram a Medicina no Brasil. Entre 2014 e 2024, passaram de 1,3 mil cursos para 4,3 mil. Já o número nas comunitárias subiu de 1,6 mil para 1,9 mil no mesmo período.

Esse é um mercado que movimenta R$ 26,4 bilhões por ano, o equivalente a 40% de todo o mercado de ensino superior, e por isso gera intensas disputas. Enquanto as instituições divergem sobre as normas, há um consenso entre o governo e associações médicas de que a abertura de novos cursos precisa ser regulada para garantir alguma qualidade na formação.

Leia na íntegra: O Globo