Obra reúne contribuições da comunidade científica brasileira e apresenta um amplo retrato dos efeitos da crise ambiental
Trabalho científico de dezenas de pesquisadoras e pesquisadores brasileiros foi destaque nesta terça-feira, dia 11, no lançamento do livro “Mudanças Climáticas no Brasil: Estado da Arte e Fronteiras do Conhecimento“, durante na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA). A solenidade ocorreu no Museu das Amazônias.

Estado da Arte e Fronteiras do Conhecimento”
(Foto: Laura Baggi/MCTI)
Organizada e publicada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a obra reúne contribuições da comunidade científica brasileira e apresenta um amplo retrato dos efeitos das mudanças climáticas no Brasil e no mundo. As projeções e os dados reunidos na publicação ilustram os impactos do aquecimento global sobre o meio ambiente, a saúde humana e o futuro do planeta.
Durante o evento, a ministra do MCTI, Luciana Santos, destacou a importância de reaproximar a ciência das políticas públicas. “Esses alertas nos chamam à ação e sublinham o papel fundamental da ciência na formulação de políticas assertivas. Quando integramos o conhecimento científico à gestão pública, criamos condições para que as decisões de governo sejam mais robustas, eficientes e justas”, afirmou.
Os professores Segen Estefen, diretor-geral do Instituto de Pesquisas Oceânicas (Inpo) e Moacyr Araújo, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foram os organizadores do capítulo “Oceano e Zonas Costeiras”, um dos temas em destaque na obra, que conta com a participação da pesquisadora Regina Rodrigues, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Sua pesquisa revela a importância do oceano para a regulação do clima do planeta, pois absorve o excesso de calor gerado na atmosfera e 30% das emissões de dióxido de carbono.

Com rigor científico e linguagem acessível, o livro reúne o trabalho de pesquisadores de dentro e de fora das unidades de pesquisa do MCTI, refletindo a diversidade de saberes que compõem o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Segundo o organizador da obra e diretor do Departamento de Clima e Sustentabilidade do MCTI, Osvaldo Moraes, essa diversidade é um diferencial. “O MCTI tem uma estrutura muito robusta de unidades de pesquisas, mas temos áreas de conhecimento que fazem parte dessa estrutura. Então, buscamos pesquisadores e cientistas de outras áreas, como saúde, economia e agricultura. Dessa forma, o livro é construído por pessoas de vários setores e com várias perspectivas”, ressaltou.
