Projeto em parceria com outras quatro universidades é financiado pelo CNPq
Pesquisa sediada no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), desenvolvida em parceria com outras quatro universidades públicas, vai avaliar a qualidade da atenção em saúde destinada à população LGBTI+ em cinco municípios brasileiros. O projeto Caminhos para a equidade: avaliação da atenção em saúde para pessoas LGBTI+ na atenção primária contará com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do Edital Universal.
A proposta vai identificar barreiras de acesso, desafios estruturais e estratégias para qualificar os serviços no âmbito da Atenção Primária à Saúde. A parceria é com as universidades federais do Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Amapá (Unifap) e as estaduais de Maringá (UEM) e do Amazonas (UEA).
Coordenado pela professora Josimari Telino de Lacerda, do Departamento de Saúde Pública, e pelo doutorando do PPGSC André Inácio da Silva, o projeto reúne uma equipe multidisciplinar que atuará em colaboração interinstitucional, fortalecendo redes de pesquisa e ampliando o impacto científico e social da investigação. O projeto será executado no prazo de três anos nas cidades de Florianópolis, Três Lagoas (MS), Macapá (AP), Manaus (AM) e Maringá (PR).
O trabalho deverá contribuir para a compreensão e enfrentamento dos desafios históricos e estruturais enfrentados pela população LGBTI+ no Brasil, no que diz respeito ao acesso à saúde. Um dado emblemático é que a expectativa de vida das pessoas trans é de 35 anos, enquanto a média nacional é de 77 anos. Na análise da equipe do projeto, isso é reflexo de violência, discriminação e exclusão social.
“A motivação para o estudo emerge diante desse quadro epidemiológico e da constatação de que, apesar dos avanços normativos e das políticas públicas voltadas para a população LGBTI+ no Brasil, persistem desigualdades estruturais e institucionais que comprometem a qualidade da atenção à saúde dessa população”, escrevem os pesquisadores.
Fonte: Notícias UFSC
