Juntos, somaram 12% dos pesquisadores com editais atendidos em 2023; conselho diz que avaliação é centrada no perfil científico do candidato
O ictiólogo Naércio Menezes, 87, sempre sonhou em trabalhar com o estudo de animais em coleções científicas. Após um período de pós-graduação no exterior, foi contratado como professor no Instituto de Biociências, da Universidade do Estado de São Paulo (USP), onde ficou até se aposentar e voltar para o museu como professor sênior para, como ele mesmo diz, “fazer aquilo que sempre sonhou”.
Menezes é bolsista de produtividade (PQ) sênior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), último nível de uma categoria de bolsa para pesquisadores que se destacam em suas áreas de conhecimento. É, também, o único bolsista sênior pardo do museu.
Os bolsistas de produtividade são avaliados segundo diversos critérios, incluindo o número de artigos científicos produzidos nos últimos anos. Há cinco categorias. Os bolsistas PQ sênior são aqueles que conseguem manter, por 15 anos ou mais, o nível 1A.
De 2013 a 2023, quando observada a cor autodeclarada pelos bolsistas, praticamente não houve mudanças. Em 2013, por exemplo, os brancos eram 72% dos pesquisadores cujo pedido de bolsa foi atendido. Em 2023, último ano para o qual há dados do CNPq disponíveis, eles eram 70%.
Leia na íntegra: Folha de S. Paulo
