Bolsas de Produtividade: resultado preliminar indica expansão, com mais de 1 mil bolsas além do previsto

Na UFSC, 151 pesquisadores aparecem na lista, 33% de bolsistas a mais do que na mesma etapa da edição anterior

Com mais de 1 mil bolsas novas e 1.555 bolsistas contemplados pela primeira vez – o equivalente a 25% do total de aprovados -, a chamada de Bolsas de Produtividade 2024 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga seu resultado preliminar, indicando a ampliação e oxigenação de uma das mais tradicionais políticas públicas de fomento à ciência, tecnologia e inovação do país.

Foram aprovados, ao todo, 6.037 bolsistas: 5.617 em Produtividade em Pesquisa (PQ, correspondente a 40% da demanda); 84 em Produtividade em Pesquisa Senior (PQ-Sr, 55% da demanda); e 336 em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (28% da demanda).

O resultado indica a concessão de 1.009 bolsas além do previsto, permitindo uma significativa renovação do quadro total, que é de cerca de 16 mil bolsistas. Do total de bolsas PQ e PQ-Sr aprovadas, 7,5% são de nível A; 12% de nível B; e 80,5% de nível C. Para as bolsas DT, os percentuais foram de 1%, 12% e 87%, respectivamente.

“O programa de bolsas de pesquisas tem cinquenta anos de existência e como política pública tem sido decisivo no incremento da produção científica e tecnológica brasileira. Seu reforço e aprimoramento corresponde à necessidade de apoio aos nossos melhores cientistas. Somando-se a essas 1000 novas bolsas o incremento de 500 bolsas em 2023, totalizamos agora quase 10% de ampliação do número total de bolsistas de produtividade, uma ampliação significativa na história recente do país”, avalia o diretor científico do CNPq, Olival Freire Jr.

Do total de aprovados, 1.555 irão receber uma bolsa de produtividade pela primeira vez. Destes, 626 são mulheres, o equivalente a 40% do total – dado que iguala ao percentual da demanda por gênero e supera o percentual global aprovado na chamada, que é de 35%, uma constante em relação às chamadas anteriores.

A chamada 2024 ampliou em 24% o percentual de pardos, pretos, indígenas e amarelos aprovados, em relação à chamada anterior. Essa variação foi ainda maior se considerados isoladamente os percentuais de pardos (variação positiva de 29%, de 10 para 13,48% do total) e de pretos (variação positiva de 33%, de 1,6 para 2,2% do total).

As bolsas de produtividade alcançam todas as regiões do país, com 52,5% destinadas ao Sudeste, 19% ao Sul, 17% ao Nordeste, 7% ao Centro-Oeste e 4% ao Norte. Entre os 1.555 novos bolsistas, 45% são do Sudeste, 19% do Sul, 21% do Nordeste, 7% do Centro-Oeste e 6,5% do Norte – perfazendo 33% para N, NE e CO, acima da meta de 30% para essas regiões.

A USP lidera a lista das 15 instituições com mais contemplações, seguida pela UFRJ, UFRGS. UFMG e Unicamp, contando ainda com cinco universidades de fora do eixo Sul-Sudeste: UFPE, UFPA, UFBA UFRN e UFC.

Entre as áreas do conhecimento, destacam-se as ciências exatas e da terra (1.157 bolsas), as engenharias (837), as biológicas (855), as humanas (741) e as agrárias (675), entre as contempladas em todas as áreas.

UFSC

Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), 151 pesquisadores aparecem no resultado preliminar da chamada. Desses, 144 são bolsistas do campus de Florianópolis; dois, dos campi de Araranguá, Curitibanos e Joinville; e um, do campus de Blumenau. A maioria (120) recebeu bolsas de nível C, seguida pelos níveis A (16) e B (15).

O número de bolsas concedidas, de acordo com a lista preliminar de 2024, é cerca de 33% maior do que o registrado na mesma fase da edição anterior.

Fonte: CNPq