Nobel de Medicina de 2025 vai para descobertas sobre tática que controla defesas do corpo

Mary Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi estudaram tolerância imunológica periférica

O Prêmio Nobel em Fisiologia ou Medicina de 2025 vai ser dividido entre o trio de pesquisadores formado pelos americanos Mary Brunkow, 63, e Fred Ramsdell, 64, e pelo japonês Shimon Sakaguchi, 74. Os três, cujos nomes foram anunciados nesta segunda-feira, dia 6, desenvolveram trabalhos fundamentais para compreender a chamada tolerância imunológica periférica, um dos processos pelos quais o organismo consegue distinguir entre ameaças reais vindas de fora e seus próprios componentes.

Esse processo é essencial para que as células do sistema de defesa do organismo, ou sistema imune, não se voltem contra os próprios componentes do corpo, um fenômeno que, quando desencadeado, leva às chamadas doenças autoimunes (como, por exemplo, a diabetes tipo 1 e a esclerose múltipla). Esse reconhecimento deriva, entre outras coisas, da capacidade das células do sistema de defesa de reconhecer moléculas na superfície de micróbios invasores, distinguindo-as, assim, das moléculas que existem na superfície das células do próprio organismo.

Na chamada tolerância imunológica central, o “controle de qualidade” acontece, como o nome diz, num único “centro de processamento” do organismo, o timo, uma pequena glândula localizada perto do coração. No timo, células de defesa com potencial para atacar o próprio corpo são eliminadas. Mas esse processo não é totalmente eficiente, e o restante do trabalho de controle desse risco pelo organismo cabe à tolerância imunológica periférica.

Leia na íntegra: Folha