*Por Alex Degan e Michele Monguilhott
“Pois o problema com mentir e enganar é que sua eficácia depende totalmente de uma clara noção da verdade que o mentiroso e enganador quer esconder. Nesse sentido, a verdade, mesmo se não prevalecer em público, possui a primazia inextirpável sobre todas as falsidades” (ARENDT, 2024: p.30)
O fragmento destacado acima foi escrito pela filósofa teuto-americana Hannah Arendt (1906-1975), compondo o ensaio “Mentir na Política”, um dos textos presentes no livro “Crises da República”. Produzido entre 1968 e 1972, a obra repercute bem as preocupações daquele momento, testemunhando dilemas em ebulição nos processos de luta por direitos civis e estudantis, os desafios das democracias ocidentais e a horrenda Guerra do Vietnã. Em especial, a reflexão em torno da divulgação, pelo jornal The New York Times, de documentos secretos produzidos pelo Pentágono [Pentagon Papers] ganhou atenção da pensadora, pois serviu de meio para uma interessante reflexão sobre o lugar da mentira na orquestração política.
Em sua interpretação, a inverdade é instrumento corrente na política, presente desde a Antiguidade. Por exemplo, o indiano Kautília (III a.e.c.), defendia em “Arthaśāstra” o seu uso como uma ferramenta na estabilização da governança e dentro de um realismo político descrente na psicologia humana que antecipou o pragmatismo de Maquiavel em séculos.
Platão (428-348 a.e.c.), em “A República”, colocou na boca de Sócrates a defesa da “nobre mentira” como estratégia eloquente visando manter a ordenança social e o bem público. Cícero (106-43 a.e.c.), senador romano, compreendia também a utilização da mentira dentro dos jogos políticos, amplificados pela oratória que alimentava os embates nos períodos finais da República latina, mas censurava sua aplicação desmedida. Em suas “Catilinárias” denunciou a perfídia de Catilina, pintado com as cores soturnas de um mestre da falsidade e da manipulação.
Desta forma, era permitido e até esperado escutar de Demóstenes ou dos irmãos Graco que “na cidade, somos todos irmãos”. É evidente que tal assertiva era uma mentira, mas que encontrava sua legitimidade na constituição de um sentimento comum entre os cidadãos, inclinando-os aos cuidados para com a pólis e de uns com os outros. No lado oposto, Catilina acenava com a descarada difamação, repetindo maledicências em cascata que minavam a coesão da urbs, pondo em risco a existência da coletividade política e da credibilidade das instituições.
Arendt joga luz exatamente neste ponto: ao observar os documentos do Pentagon Papers, identificou que a mentira foi usada não apenas como um instrumento de coesão ou como cápsula de contrainformação disparada na cabeça do inimigo, mas passou a ser empregada contra o próprio público interno estadunidense.
Tecnocratas extremamente bem formados academicamente, chamados pela pensadora de “resolvedores de problemas”, maquinaram sistematicamente engodos, fabricando uma realidade paralela fictícia que almejava manipular os políticos, a imprensa e a opinião pública em detrimento da verdade factual.
À despeito do engajamento gigantesco dos vietnamitas no conflito e das tensões entre Vietnã e China, a tese do “efeito dominó” sobre todo o Sudeste Asiático, em uma ação orquestrada por Pequim, era a tônica das declarações americanas repetidas ad nauseam. Não importava o que demonstrava a realidade mais imediata, se ela não se encaixava nas premissas e hipóteses dos ilustres tomadores de decisão, pior para a realidade e para os milhões de pessoas mortas durante o conflito. A impressão da realidade era perseguida, e não ela em si, orientando as decisões da guerra não pelos riscos reais, mas pela publicidade desenfreada aplicada à construção de imagens e a crença de que a política seria uma variedade turbinada de relações públicas.
Para além da arrogância dos golden babies, encantados com seus think tanks, o que mais impressiona é o cinismo da situação, pois os mentirosos conheciam bem a verdade que trabalhavam para esconder. Os falcões de Washington sabiam que os vietcongues tinham suas agências específicas e não eram marionetes de Mao ou vítimas de um comunismo monolítico moscovita. O que realmente importava era a mensagem comunicada ao público estadunidense, sedento de assertivas que confirmassem as suas crenças.
Neste sentido, Arendt afirmava, ainda no início de década de 1970, que “mentiras são frequentemente muito mais plausíveis, têm mais apelo à razão do que a realidade, uma vez que o mentiroso tem a grande vantagem de saber de antemão o que o público deseja ou espera ouvir. Ele prepara sua história para o consumo do público com o cuidado de fazê-la verossímil, ao passo que a realidade tem o desconcertante hábito de nos confrontar com o inesperado, para o qual não estamos preparados” (ARENDT, 2024, p. 10).
Hoje, algo bizarramente semelhante ocorre com as fake news, amplificadas pela velocidade do mundo virtual, em que indivíduos e grupos divulgam desinformações e mentiras que podem alcançar proporções gigantescas. Com a rapidez da viralização das polêmicas fabricadas por um processo de provocação e filmagem, o sentido da verdade é subvertido pelo valor da excitação dos afetos. Produzir conteúdo que repercuta em visualizações, likes, engajamentos e monetização é o novíssimo motor da História, implodindo qualquer fronteira ética e moral em sua conversão como Estória. Assim, a decência política luta por não ser solapada por embusteiros contumazes, implicados unicamente pela oferta de sedução dentro de seus nichos de seguidores.
Por exemplo, durante o governo de Jair Bolsonaro (2019–2022), as universidades públicas brasileiras foram alvo de frequentes ataques políticos, orçamentários e ideológicos, tendo a internet como grande veículo das mentiras. O discurso oficial buscou deslegitimar o papel das instituições de ensino superior, acusando-as falsamente de promover “balbúrdia” e de estarem dominadas por uma suposta ideologia de esquerda.
Além disso, houve sucessivos cortes orçamentários e contingenciamentos de verbas, que comprometeram o funcionamento de atividades essenciais, como pesquisa, extensão e assistência estudantil.
Esses ataques revelaram uma tentativa de enfraquecer a autonomia universitária e desvalorizar a produção científica e crítica no país, com especial atenção para as Ciências Humanas.
A grande diferença entre a situação analisada por Arendt em 1971 e o contexto contemporâneo encontra-se na fragmentação e capilaridade presente nas redes de milhares de usuários, bots, algoritmos e plataformas virtuais, muitas delas operando sem a devida regulamentação e responsabilização jurídica. Ou seja, se a realidade paralela criada no bojo dos Pentagon Papers era fruto da articulação de tecnocratas a serviço do mandatário do momento, agora a mentira se descentralizou, não se originando apenas do Estado, mas principalmente de indivíduos ou coletivos, públicos ou anônimos, que utilizam redes virtuais variadas, o que torna ainda mais complicado o rastreio e o combate das mentiras.
O reflexo de tais características no repertório do confronto político foi arrasador, produzindo, na abundância de vozes retidas em suas bolhas, um ambiente nocivo ao debate público, operando o colapso da distinção entre verdade e falsidade. Seus agentes formaram suas “próprias galáxias informativas alinhadas com seus preceitos” (MENDONÇA et al., 2023, p. 17), nutrindo seus grupos de seguidores com conteúdos que excitam muito mais do que informam.
A lógica é cruel: indivíduos tendem a acreditar mais em informações que confirmam seus pontos de vista e crenças, considerando as outras percepções da realidade como incompletas ou, no limite, falsas. Toda a estrutura das redes sociais digitais está baseada em algoritmos concentrados exclusivamente em nos ofertar conteúdos orientados pelo comportamento de seus usuários. Como o objetivo destas plataformas nunca foi a veracidade das ideias divulgadas, e sim o engajamento contínuo dos indivíduos, é oferecida uma sobrecarga de informações autorreferentes e similares em um feed de notícias, balizado pelo ranqueamento de postagens que o usuário tem maior probabilidade de gostar.
Piorando tal cenário, o nexo do algoritmo reconhece que publicações controversas e polêmicas possuem maior probabilidade de gerar engajamento e premia estas postagens com maior exposição. O resultado é que os fóruns de debates nas “arenas virtuais” ficam repletos de manifestações sensacionalistas e espalhafatosas, distorcendo o sentimento público. O importante é lacração, remetendo os argumentos racionais, centralizados em fatos concretos e verificáveis, para a periferia da discussão.
Recentemente, um dos muitos ovos desta serpente eclodiu na UFSC, tendo o Centro de Filosofia e Ciências Humanas como alvo. No começo da tarde do dia 29 de outubro de 2025, um político local esteve na entrada do bloco de salas de aula constrangendo e intimidando discentes. Com uma performance egóica, devidamente filmada, editada e compartilhada em suas redes sociais por assessores que o acompanhavam, expôs a comunidade do CFH de maneira deliberada, assentado em mentiras e trapaças.
Estudantes foram retratados como néscios doutrinados, servidores terceirizados foram intimidados com palavreados ofensivos e todas as Humanidades foram reduzidas a um amontoado de saberes desonestos, perversos e nocivos.
O modus operandi desse tipo de político influencer é conhecido: provocações gratuitas, filmagens, edições que retiram os acontecimentos dos contextos e divulgação de conteúdos raivosos nas redes sociais. Não há originalidade nessas estratégias: desde o começo deste ano ações idênticas foram empreendidas nas instalações de faculdades brasileiras dedicadas às Ciências Humanas, Artes e Filosofia.
USP, UnB, UFRJ, UFC e Unicamp assistiram a aplicação do mesmíssimo roteiro em que um narcísico de ocasião, utilizando de tecnologias algorítmicas e de uma gramática memética, denuncia uma suposta doutrinação de jovens e inventa ameaças contra a gente ordeira e os cidadãos de bem. Quanta mentira!
A verdade poderosa é que o CFH é muito importante e significativo para a UFSC e para a ciência brasileira. É a casa de nove cursos de graduação presenciais, três cursos de graduação à distância e dez programas de pós-graduação, todos bem avaliados através de métricas institucionais e objetivas. Possui ainda um Planetário, o Bosque, o Serviço de Atenção Psicológica e uma centena de laboratórios e núcleos de pesquisa que investigam questões que passam das profundezas da Terra às profundidades da alma.
Sob sua guarida, reúnem-se pesquisadores reconhecidos internacionalmente em áreas variadas, como a Vulcanologia, as Relações de Gênero, os Mundos do Trabalho, a Cartografia e os Estudos Clássicos. Sua vibrante, plural e viva comunidade, composta por cerca de quatro mil pessoas, é extremamente ativa, abrigando congressos internacionais, publicando artigos de alto impacto e formando, anualmente, dezenas de profissionais de altíssima qualificação.
O CFH da UFSC ainda possui convênios, ações de extensão e projetos com órgãos públicos, organizações da sociedade civil e empresas privadas, produzindo conhecimento, entregando serviços e gerando riqueza para Santa Catarina e para o Brasil. É ação asquerosa desqualificar sua belíssima trajetória lançando mão de calúnias que objetivam somente mobilizar seguidores/eleitores através de conteúdos alarmistas e conspiratórios.
O CFH é espaço público, aberto para a sociedade e para a diversidade de ideias. Como tal, ele possui finalidades específicas, como a formação acadêmica e a pesquisa, sendo inaceitável a criação de tumulto em seu bloco de salas de aulas, a subtração de cartazes ou a ameaça de sua comunidade. Cabe a todos nós, participantes da UFSC e cidadãos livres, defendê-lo de oportunistas que gravam conflitos intencionalmente alimentados para publicá-los em sites e redes sociais, com atuação monetizada e aproveitada por políticos inescrupulosos.
Desde o último ataque, recebemos a solidariedade do DCE, da Apufsc, de Centros Acadêmicos, das Direções de Centros, do Instituto Humaniza SC e de muitas pessoas que nos enviaram mensagens. Trata-se de um ataque vil contra todos nós e que deve ser respondido com a nossa união.
Devemos nos preparar com coragem e sabedoria, pois com a aproximação das eleições federais e estaduais de 2026, tais empreitadas falaciosas devem ocorrer com maior frequência, afinal, como seus atores não possuem compromisso com qualquer fatualidade ou projeto político decente, resta a habilidade de mentir como meio de vida e estratégia pública.
Seria prudente observarmos o que outras universidades brasileiras e estrangeiras estão fazendo para se defender, constituindo protocolos que possam orientar estudantes, docentes, técnico-administrativos e servidores terceirizados. Quando reconhecermos pessoas fazendo uso desse modus operandi de mentiras e coerção, devemos nos proteger, agindo de forma coletiva, sem confronto físico e, principalmente, evitando a interação. Busquem a companhia de outros colegas, registrem a tentativa de abordagem em vídeo próprio e ignorem por completo os arruaceiros. Não podemos nos esquecer: eles estão deliberadamente agindo de má-fé, procurando nos ofender e desestabilizar para produzir seus conteúdos de ódio e intolerância.
Devemos verbalizar claramente que não consentimos com a captação e o uso de nossas imagens e vozes, repetindo esta afirmação insistentemente. O Artigo 5º da Constituição Federal, em seu inciso X, e o Artigo 20º do Código Civil (Lei no. 10.406/02) protegem o uso da imagem de uma pessoa, especialmente se a utilização ocorrer sem autorização. Assim que possível, procurem as autoridades institucionais do espaço. No caso do CFH, acionem a equipe da Direção, notificando os porteiros e vigilantes para que eles entrem em contato conosco.
No âmbito institucional, faço um chamado para que a UFSC promova a revisão das suas resoluções internas que regulamentam a captação de vídeos em seus espaços. Um exemplo foi dado pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFCLH/USP), que após uma dezena de ataques aprovou nova portaria (FFLCH no.12, de 20 de maio de 2025) que permite filmagens somente com a autorização da Direção, proibindo a produção de materiais que possam prejudicar o seu corpo docente, discente e funcional.
O fato de estamos em prédios públicos de instituições de ensino não é sinônimo de liberdade absoluta para toda forma de comportamento inadequado, pois temos garantias constitucionais que conferem a autonomia universitária (Artigo 207) e a liberdade de cátedra (Artigo 206). Temos proteção constitucional que permitem às universidades federais estabelecerem regras de acesso e permanência em seus espaços, seguindo a lei.
Acerca da liberdade de ensino dos docentes, em 2020 o Supremo Tribunal Federal, em Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 548), foi taxativo em qualificar como inconstitucionais ações que exponham docentes, que interrompam aulas ou ameacem a livre circulação de ideias no ambiente escolar e universitário.
Precisamos também refinar as ações jurídicas que nos protegem, oferecendo protocolos de ação objetivos para as vítimas e os gestores. A FFLCH da USP e o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp consolidaram um entendimento legal que orienta suas guardas universitárias a retirarem os provocadores dos locais, se necessários acompanhando-os à delegacia e firmando boletins de ocorrência. Nas duas instituições estaduais paulistas, seus gestores políticos foram unânimes em condenar os ataques e prestarem solidariedade aos seus Centros de Humanidades.
A UFSC, quarta melhor universidade federal do país, precisa atuar da mesma forma, buscando articulação com outras IFES, trocando experiências, estabelecendo diálogos e levando o assunto até a Andifes, MEC e Ministério Público.
Em termos de gestão de recursos humanos, a UFSC deve aproveitar a oportuna chegada das vagas oriundas dos cargos obsoletos para reforçar a Secretaria de Segurança Institucional, abrindo espaço para servidores concursados que zelem pela nossa segurança.
Outra ação importantíssima é a descentralização de sua política de comunicação. Os Centros de Ensino, o Hospital Universitário e o NDI/Colégio de Aplicação precisam urgentemente receber, em suas equipes, jornalistas que atuem diretamente com suas direções e departamentos didático-científicos, trabalhando na divulgação do conhecimento científico, produzindo matérias e dialogando com a sociedade.
Milhares de eventos acadêmicos, defesas de teses e dissertações, estabelecimento de projetos, produções de pesquisas, ações de extensão, inovações tecnológicas e criações originais em salas de aula ocorrem anualmente em nossa universidade. Falhamos rotundamente em divulgá-los nos formatos adequados, pois o modelo centralizado da Agecom, assim como a falta de servidores concursados, isola a comunicação social dos Centros, lócus onde as atividades de pesquisa, extensão e ensino de fato ocorrem.
A desinformação sistêmica a que estamos submetidos deve ser respondida com mais jornalismo. A destinação das novas vagas de TAEs deve olhar para o assunto com a prioridade que ele merece.
Não podemos nos iludir, já que estamos diante de uma crise epistêmica concreta e catastrófica. Por exemplo, fake news jogaram incertezas em nossos programas de vacinação, com resultados terríveis durante a pandemia de Covid-19 e o retorno da circulação de doenças como sarampo, poliomielite (paralisia infantil) e difteria.
Caso semelhante foi a campanha difamatória contra o sistema eletrônico de votação, cujas urnas foram criadas por um egresso da UFSC, mas cuja confiabilidade foi abalada após a fabricação artificial de uma crise de legitimidade profunda.
A saturação de mentiras em escala industrial trabalha na direção da redução da credibilidade, de valores e de instituições caras às democracias e às repúblicas contemporâneas. Cria-se um ambiente onde não existe mais sentido em diferenciar verdades de mentiras, pois tudo acaba reduzido ao reinado de narrativas e opiniões entrincheiradas em sacrossantos lugares de fala. Sem acordos mínimos sobre a realidade, estamos impossibilitados da política e, através dela, da construção de consensos. Sem credibilidade, desintegram-se as instituições.
Neste contexto, a Universidade e as Humanidades são postas sob suspeita, uma vez que elas são nutridas pela argumentação racional, pela verificabilidade das hipóteses, pela falibilidade de seus conhecimentos e pelo amor ao saber.
Por fim, cabe registrar a hipocrisia abjeta dos fabricadores de mentiras: ansiosos para terem alguma razão dentro de sua métrica, questionam a validade de áreas que não coadunam com suas estreitas visões de mundo. Logo eles, outdoors ambulantes de linchamentos digitais e urros de ódio, nos acusam de doutrinação. Também gostam de vociferar que a universidade é pública e custeada com os impostos do povo, o que serviria como álibi para suas atuações criminosas.
Pois é exatamente pelo seu caráter público que o CFH vai continuar sediando congressos importantes, praticando extensão, protagonizando pesquisas e formando os melhores profissionais de Santa Catarina em sua vastidão de saberes, incluindo os professores de Humanas que tanto incomodam os perpetuadores das fake news.
Se a resposta da Direção do CFH interessar, parafraseando Adrián Pablo Fanjul, Diretor da FFLCH/USP, aqui está: por honrar o dinheiro público investido em nós é que permitimos, estimulamos e defendemos toda expressão de setores da comunidade que não ofenda os direitos humanos e a dignidade da pessoas.
*Alex Degan e Michele Monguilhott são os atuais diretores do CFH/UFSC
Artigo recebido às 18h40 do dia 13 de novembro de 2025 e publicado às 9h27 do dia 14 de novembro de 2025
Referências
ARENDT, Hannah. Crises da República. São Paulo: Crítica, 2024.
FANJUL, Adrián Pablo. A arruaça da extrema direita na universidade. Folha de São Paulo, São
Paulo, 11 de Outubro de 2025.
MENDONÇA, Ricardo Fabrino; FREITAS, Viviane Gonçalves; AGGIO, Camilo de Oliveira. Fake
News e o Repertório Contemporâneo de Ação Política. Dados – Revista de Ciências Sociais. Rio
de Janeiro, vol. 66, no. 2, 2023.
