Evento na COP30 trata do papel das instituições federais de ensino na descarbonização da matriz energética brasileira

A mesa destacou o Programa para Desenvolvimento em Energias Renováveis e Eficiência Energética nas Instituições Federais de Educação

Uma mesa-redonda na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém (PA), tratou da “Formação Profissional e Transição Energética: o papel das instituições federais de educação na descarbonização da matriz energética brasileira”. O evento, realizado nesta quinta-feira, dia 13, foi mediado por Marcelo Bregagnoli, secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC).

“Como país anfitrião, o Brasil demonstra seu compromisso com o multilateralismo e com a implementação do Acordo de Paris, buscando uma Agenda de Ação que traga resultados contra a crise climática e a injustiça ambiental. Essa agenda é composta por 30 objetivos-chave, e as atividades do MEC na COP30 estão alinhadas ao Objetivo 18, que trata da educação, capacitação e geração de empregos para enfrentar a mudança do clima. Nesse sentido, este evento é uma oportunidade ímpar para consolidar avanços, estabelecer compromissos globais e garantir que a educação permaneça como um alicerce das políticas climáticas e do desenvolvimento sustentável”, apontou Bregagnoli.

A mesa destacou o Programa para Desenvolvimento em Energias Renováveis e Eficiência Energética nas Instituições Federais de Educação (EnergIFE), iniciativa estratégica do MEC para impulsionar a formação profissional e tecnológica alinhada à transição energética e à economia de baixo carbono.

Entre as principais ações do programa estão implementação de laboratórios e usinas de geração de energia renovável na Rede Federal; criação e oferta de cursos de qualificação e técnicos para formar profissionais nas áreas de energia renovável, como a solar fotovoltaica; e ajuda às instituições para implementarem iniciativas que melhorem a gestão e a eficiência no uso de energia.

Segundo dados apresentados por Bregagnoli, o EnergIFE qualificou mais de 24 mil pessoas em 135 municípios, com o apoio de 2 mil professores responsáveis por cursos como energia fotovoltaica, eólica, hidrogênio verde, mobilidade elétrica, eficiência energética em edificações e indústria. Além da qualificação, o programa tratou também da aquisição de usinas solares e fotovoltaicas e da economia em energia que elas proporcionam.

Além de Bregagnoli, participaram da mesa-redonda Cláudio Alex Rocha, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA); Leila Ribeiro, professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (Ifap); Bruno Eduardo Carmelito, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IFSuldeMinas); Jaime Cavalcante Alves, reitor do Instituto Federal do Amazonas (Ifam); e Ana Paula Palheta Santana, reitora do IFPA.

Assista na íntegra:

Fonte: MEC