Painel na COP30 debate papel das universidades para enfrentar as mudanças climáticas

Reitores defenderam a integração de políticas públicas e a formação de gestores, educadores e outros profissionais

Reitores debateram na última terça-feira, dia 14, em Belém (PA), o papel das instituições de ensino superior no enfrentamento das mudanças climáticas. O painel ocorreu na Casa da Ciência, espaço do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que abrigou uma série de exposições e mesas redondas em paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

Os representantes de universidades federais, estaduais e comunitárias demonstraram a importância dessas instituições no combate à crise climática por meio da integração de políticas públicas e na formação de gestores, educadores e profissionais todos os anos. Outra ação de impacto são os programas de extensão com participação das comunidades tradicionais. Os educadores também pediram o fortalecimento dos programas de financiamento da pesquisa.

A reitora da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Marília Pimentel, que mediou a mesa redonda, disse que as universidades públicas ocupam um lugar estratégico na produção de conhecimento sobre clima.

“Em um momento que o planeta exige respostas rápidas, responsáveis e sustentáveis, o ensino superior se apresenta como um agente ativo na transformação social”, afirmou.

O representante da Associação Brasileira das Instituições Comunitárias de Educação Superior (Abruc), Jorge Audy, destacou os ecossistemas de inovação, como parques tecnológicos e centros tecnológicos como ferramentas essenciais para o desenvolvimento. Segundo ele, a Amazônia tem biodiversidade e riqueza sociocultural propícias para a implementação de projetos de larga escala em bases sustentáveis.

A reitora da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), Cicília Maia, defendeu a valorização da educação e o financiamento de iniciativas. “Os nossos desafios têm condições de serem resolvidos pela expertise de cada instituição. Com o financiamento adequado, com certeza, a gente pode conseguir fazer muito mais”, destacou a professora, que também é presidente da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem).

Já o reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e presidente da Andifes, instituição que representa os dirigentes das instituições federais de ensino superior, comemorou a realização da COP30 e a centralidade da Amazônia nos debates climáticos.

“Universidades federais formam milhares de profissionais todos os anos, produzem conhecimento de excelência e atuam lado a lado fortalecendo as comunidades ribeirinhas, quilombolas, povos originários, agricultura familiar, gestores públicos e empreendedores locais, sendo a força singular desse sistema, que é a ciência enraizada nos territórios”, ressaltou.

Fonte: MCTI