Servidores da UFSC podem parar

Os servidores técnico-administrativos das universidades federais do país discutem entrar em greve a partir de 6 de junho. Uma plenária nacional, no próximo dia 31, em Brasília, deve dar a palavra final sobre a paralisação da categoria. Eles pedem, entre outras coisas, resgate dos cargos extintos, criação de vagas, reajuste salarial e a paralisação do processo de terceirização de servidores nas universidades federais.

As reinvindicações serão apresentadas, dia 24 de maio, pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), os servidores têm assembleia marcada para 26 de maio para discutir o resultado da reunião nacional.

Se aderirem à greve, o restaurante universitário e a biblioteca central, localizados no campus da Trindade, em Florianópolis, devem ser os primeiros setores a suspender as atividades.

O coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da UFSC, Celso Ramos Martins, disse que ainda não dá para afirmar se a categoria vai entrar em greve e observou que é preciso aguardar o resultado da reunião em Brasília e da assembleia na universidade, na semana que vem.

Não aprovação de indicativo desmotivou trabalhadores

Martins informou que a categoria estava mais mobilizada para o indicativo de greve para final de março, mas a não aprovação teria desmotivado os trabalhadores. A última vez em que os servidores da UFSC fizerma uma paralisação foi em 2007.

Nesta semana, em Florianópolis, os reitores presentes no encontro da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) conversaram com representantes da Fasubra sobre a possibilidade de greve.

De acordo com Paulo Henrique dos Santos, um dos coordenadores da federação, o Ministério do Planejamento jogou para os reitores a responsabilidade de negociar com os servidores alguns itens da reivindicação. Já os reitores afirmaram que a instância de discussão é o Ministério da Educação. Eles têm esperança de que o governo federal encontre uma solução sem que seja preciso recorrer à suspensão dos serviços.