Diretores fazem exposição sobre a situação nos campi da UFSC

Os avanços e desafios que marcam a implantação dos campi da Universidade Federal de Santa Catarina em Curitibanos, Araranguá e Joinville dominaram os debates na reunião do Conselho Universitário da instituição, na manhã desta terça-feira, dia 28. A grande unanimidade é a de que a interiorização vem sendo bem recebida pela população, que deposita no ensino superior, especialmente nas duas primeiras cidades, a esperança de abrir oportunidades de trabalho para milhares de jovens. Ao mesmo tempo, em todos os campi, há imensas demandas a atender, tanto em termos de infraestrutura física e de laboratórios quanto de material humano, em profissionais docentes e funcionários técnico-administrativos.

O diretor do campus de Araranguá, Sérgio Peters, expôs os progressos obtidos com a implantação dos cursos de Tecnologia da Informação e Comunicação, Engenharia de Energia, Fisioterapia e Engenharia de Computação. Ali, a primeira turma de Tecnologia da Informação e Comunicação vai se formar daqui um ano, e a expansão segue nos projetos de estrutura e na criação das melhores condições para o funcionamento da instituição. O curso de Fisioterapia, recém-implantado, teve quase cinco candidatos por vaga no Vestibular 2011.

O professor César Damian, diretor do campus de Curitibanos, chamou a atenção para o fato de a região apresentar o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado, o que aumenta a responsabilidade da Universidade do ponto de vista social. O curso de bacharelado em Ciências Rurais está na quarta fase e abrirá, já no ano que vem, a possibilidade de escolha entre as habilitações em Engenharia Ambiental e Agronomia. De imediato, o diretor espera a conclusão da pavimentação de acesso ao campus, cujo mau estado vinha dificultando a chegada dos alunos, professores e funcionários. No médio prazo, a meta é implantar o curso de Medicina Veterinária, uma demanda da região.

Já o professor Acires Dias, diretor do campus de Joinville, destacou o andamento das obras de terraplanagem na chamada Curva do Arroz, onde as instalações da Universidade serão implantadas. Aos poucos, a comunidade começa a entender melhor o projeto político-pedagógico do curso de Engenharia da Mobilidade, que prevê a evolução em ciclos, de forma a oferecer aos alunos, na fase final, a opção pelas habilitações em Engenharia Naval, Aeroespacial, Automotiva, Ferroviária, Mecatrônica, de Transporte e Tráfego e Logística. Ali

No debate, com a presença de um representantes do DCE, foram levantadas questões relativas às deficiências de estrutura, à autonomia dos campi em relação à sede e ao reforço que se faz necessário, como no caso de Curitibanos, em disciplinas nas quais os acadêmicos vêm com problemas de aprendizado desde o ensino básico.

Para o vice-reitor da UFSC, Carlos Alberto Justo da Silva, as dificuldades são naturais e eram esperadas, porque a instituição não optou por se instalar onde era mais fácil, mas sim em regiões com maiores demandas e desafios. “Temos compromissos sociais, o que já acontece desde 1960, quando a Universidade foi criada”, afirmou. Ele ressaltou que a meta é alcançar o número de 10 mil alunos nos três campi, dentro dos compromissos assumidos com o Reuni.

Já o reitor Alvaro Toubes Prata considerou “belíssimo” o trabalho realizado nos campi. “São belos projetos, preocupados com a inserção da instituição na sociedade e dentro do espírito de construção do país”, afirmou. “Temos aprendido muito a implantação dos campi”, ressaltou, dizendo-se esperançoso com as possibilidades que se abrem com o Reuni 2, que complementará a primeira etapa do programa, em andamento.