Alunos da UFSC voltam às aulas

Cerca de 23 mil alunos voltaram às aulas, ontem, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), nos 83 cursos dos campi de Florianópolis, Joinville, Curitibanos e Araranguá. Na Capital, houve um protesto dos servidores, em greve desde 6 de junho. Eles bloquearam um dos acessos ao campus e distribuíram panfletos aos estudantes.

Os alunos do campus Florianópolis, que retornaram às aulas, encontraram fechados o Restaurante Universitário e a biblioteca. Também estão 100% paralisados o almoxarifado central e a imprensa universitária. O Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), que reúne 10 graduações, também não abriu as portas ontem. Uma reunião na quinta-feira, com representantes de todos os cursos, decidirá se as aulas voltam em 15 de agosto. De acordo com a presidente do conselho de unidade do centro, Roselane Neckel, 99% dos servidores do CFH aderiram à paralisação.

Por causa da greve, a recepção aos calouros, feita todo início de semestre, foi descartada. A falta de funcionários em diversos setores impediu que fosse elaborada uma programação específica, que costuma incluir shows, palestras e distribuição de kits.

Das 53 universidades federais filiadas à Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), 39 estão enfrentando paralisação. Ontem, uma decisão liminar do ministro Arnaldo Esteves Lima, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou que pelo menos 50% dos servidores voltem a trabalhar, sem incluir cargos de confiança. Caso seja desobedecida, será cobrada multa diária de R$ 50 mil da Fasubra e das entidades filiadas. O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da UFSC, Celso Ramos Martins, informou que adesão na UFSC é entre 35% a 40% dos servidores.

 

As reivindicações
– Reajuste salarial
– Piso de três salários mínimos
– Redução na terceirização
– Abertura imediata de concursos para substituição da mão de obra terceirizada para as áreas administrativas e os HUs
– Revogação da Lei 9.632/98 e de todas as demais que extinguem cargos no serviço público