Pesquisa e extensão são prejudicadas por falta de tempo dos professores, afirmam estudantes do campus

No início deste semestre os alunos do campus de Ara­ranguá fizeram um protesto pedindo mais estrutura. Se­gundo eles, a UFSC de Araranguá já con­vive com os velhos problemas presentes nas universidades públicas brasileiras. “A falta de assistên­cia estudantil, como moradia e restau­rante universitário, a falta de professores, laboratórios e espaço físico insuficientes, salas de aula lotadas, e os pilares de Ensi­no, Pesquisa e Exten­são comprometidos pela falta de estrutura física e de quadro docente que contemplem a crescente demanda da unidade”, relatam os estudantes.

“Em Araranguá, o campus da UFSC, nasceu atrelado a uma espécie de clientelismo político moderno, sustentado nas emendas parlamentares, recursos destinados aos deputados federais para atenderem suas bases eleitorais”, denunciam os estudantes.

De acordo com os acadêmicos, esses problemas já estão sendo levantados desde o primeiro semestre de 2010, onde, afirmam eles, a situação ainda se mostrava contornável pela quantidade de alunos. “Passou-se o tempo, e com exatamente as mesmas condições, num ato de pura irresponsabilidade, criou-se mais dois cursos para o campus, o que faz com que todos esses problemas aumentem exponencialmente a cada semestre”.

“Pesquisa e a Extensão estão prejudicadas pela falta de tempo dos docentes que tem como prioridade o Ensino, que também sai prejudi­cado por conta de que cada professor tem de se desdobrar em dois ou três para que não haja disciplina sem professor, aceitando inclusive, ministrar aulas fora da sua espe­cialização, que aqui foram chamados de professores “Band-aid”, ou seja, apenas remediam, jamais solucionam, claro que não por culpa própria pois confiamos plenamente na capacidade de todos de serem bons nas suas áreas”, finalizam.