Apufsc: chamamento à ação

Colegas,

Em breve viveremos um processo eleitoral para a Diretoria da Apufsc.

Eleições podem ajudar no enfrentamento das nossas dificuldades docentes, cada vez maiores, desde que seu equacionamento não seja conduzido apenas no âmbito dos jogos de poder que deformaram e deformam as entidades coletivas enquanto meros aparelhos voltados às ambições e aos desmandos de poucos.

Toda eleição é uma oportunidade para renovar as energias e os propósitos associativos, de modo a nos prepararmos melhor para os desafios que as conjunturas nos apresentam.

Para isto, mais que desprendimentos pessoais e estar imbuídos de boas intenções, há que ter claro o momento político em que nos encontramos, e qual o papel do sindicato nele.

A universidade federal brasileira está diante de duras perspectivas que fragilizam seu modus operandi e comprometem a capacidade de cumprir sua missão. Nestes tempos de “vacas magras”, muitas das nossas conquistas e das regras que permitem nossas condições de trabalho estão ameaçadas, inclusive nossa própria carreira e estabilidade.

Agora que “o lobo chegou”, estamos, infelizmente, cada vez mais anestesiados e individualizados, retraídos. Sobreviver neste duro cenário exige estar forte enquanto categoria, unidos em torno do que é essencial.

É essencial que a Apufsc mantenha um bom relacionamento nacional com as demais entidades docentes, uma vez que, obviamente, grande parte das circunstâncias que nos limitam estão postas no âmbito federativo brasileiro. Como o isolamento aqui é fatal, é importante que este tema seja (re)analisado por toda a categoria aqui na UFSC.

No plano local, por sua vez, a defesa os interesses docentes requer sempre firmeza e independência, habilidades que devem ser exercidas sem que este enfrentamento signifique oposição à Reitoria, nem, muito menos, a ela ser submisso e servil.

A legitimidade da ação sindical também passa, em nosso caso, pela integração com todos os campi da UFSC, e pelo fortalecimento do Conselho de Representantes, bem como no cuidado no atendimento das nossas necessidades socioculturais, e nisto temos nos esmerado. Afinal, toda a rede de proteção e apoio é fundamental à categoria.

Todavia, sindicato existe para levar as bandeiras da classe e colocar-se à frente das lutas. Nesse sentido, precisamos avançar também no campo político, pois para estar à altura dos tempos presentes há que se ter capacidade de mobilização, e isto passa, entre outras ações, por melhorar a comunicação sindical e repensar nossa imprensa. 

Nossa força nasce quando, enquanto docentes, nos irmanamos em torno de propósitos comuns, e ela apenas surge se construída politicamente de modo aberto e transparente.

Com este propósito, colegas, conclamamos a, dentro do processo eleitoral que se inicia, moldarmos uma força a serviço da Apufsc e da categoria, liberta dos vícios da pequena política e suas fraticidas disputas. O momento é de congregar, mesmo e apesar das várias diferenças entre nós.

Assim, convidamos os colegas  para conversarmos nesta segunda feira às 16 hs na sede campus da Apufsc. Haverá videoconferência para possibilitar a participação dos demais campi.

Todos são bem vindos.

UFSC, 16 de setembro de 2016.

 


Armando Lisboa (CSE)

Henrique Finco (CCE)

João de Deus Medeiros (CCB)

José Francisco Fletes (CTC)

Rogério Portanova (CCJ)