Serão os aposentados ranzinzas? Ou bom humor é para poucos!

Criou-se uma lista para discussões entre os aposentados.

Bridge, xadrez, vinhos (feitos em casa ou importados), licores e destilados de renome, cervejas artesanais, turismo exótico, hobbies esdrúxulos, pets incomuns, etc. etc. TUDO PERMITIDO.

Política, piadas (bom humor), críticas: CENSURADAS (no sentido 84 de George Orwell) e MUITO MAL VISTAS.

Como diria aquele antigo Ministro da Propaganda (Joseph Goebbels), amigo daquele outro (Filinto Muller): Assim é que tem que ser.

Os Grandes Chefes (Hitler, Stalin, Mussolini, Ciano, Tojo, Mao, Pol Pot e Fidel), aplaudiriam, sem dúvida alguma, de pé e, por muitos minutos.

No entanto, ao verificar, alguns nomes da lista, tudo se torna absolutamente compreensível. Alguns (e, principalmente algumas), achei que com a idade iam ficar mais brandas, doces, tolerantes e receptivas.

Que nada! Quando na ativa, se achavam (aliás, só elas e, para elas, pois nunca tiveram a menor autocrítica) simpáticas, liberais, justas, enfim pessoas maravilhosas. Na verdade, e a bem da verdade, eram isto sim, muito rabugentas (e constante alvo, de muitas críticas e chacotas nos corredores desses 11 Centros de nossa Universidade), sempre com o livrinho na mão e, indivíduos totalmente sem graça, de primeira linha. Mas, eméritas cumpridoras do que o burocratismo exige. E, com louvor. Agora, mantém a mesma tendência com 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Interessante notar, é que todas estão em franca atividades, mas aposentadas da UFSC. Ainda bem, pelo menos isso.

Quanto a mim sou um infame regenerado, mas já devidamente perdoado, pelo saudoso Padre Severino da Paróquia da Sagrada Família, em POA, onde fui coroinha.

Na época fui expulso do Colégio Rosário, em 1962, por infração muito semelhante, mas diferente, como é de supor,  daquela, do Padre Amaro (aquele do Eça de Queiroz). Hoje sou admirador do judaísmo e, franco e aberto defensor do Estado de Israel.

Na verdade, nunca me relacionei com pessoas que frequentaram clubes que me aceitaram como sócio e, sim tenho autocrítica. Principalmente agora aos 73 anos, com 5 netos e 1 bisneta.

Sempre gostei de números, portanto ai vai uma análise numérica, para reflexão:

OS NÚMEROS NÃO MENTEM (JAMAIS):

Uma pessoa por quem tenho grande admiração, carinho e respeito postou um gráfico tendo números do TSE como fonte. Como se trata de uma colega a quem muito prezo, confio na checagem feita por ela. O gráfico traz os seguintes números da eleição presidencial:

– Bolsonaro – 57.797.073 votosd+

– Haddad – 47.039.291 votosd+

– Abstenções/brancos/nulos – 42.465.252.

Logo a seguir, minha queridíssima amiga afirma (sem estar errada) que 89.504.573 brasileiros (soma dos votos de Haddad, brancos, nulos e abstenções) não votaram em Bolsonaro – o que é uma verdade incontestável, para então concluir que “a Matemática é reveladora”.

Eu evito ao máximo contestar em timeline alheia.

Mas, antes que alguém o fizesse de forma desrespeitosa, mui gentilmente, alertei minha amiga de que os mesmos números e o mesmo raciocínio estritamente matemático dizem também de forma incontestável que: “100.262.325” eleitores brasileiros (soma dos votos de Bolsonaro, brancos, nulos e abstenções) não votaram em Haddad.

 

Eis que lembro uma frase cujo autor desconheço:  “a estatística é a arte de torturar os números até que eles digam o que queremos ouvir”.

SHALOM para todos.


Fernando da Cunha Wagner

Professor aposentado