UFSC vai perder 365 funções gratificadas até julho

Decreto do governo federal extingue 13,3 mil cargos em instituições de ensino 

O decreto do governo federal que extingue mais de 13 mil cargos em instituições de ensino fará com que a UFSC corte 365 funções gratificadas até o dia 31 de julho de 2019. A universidade está entre as mais afetadas pelo decreto, publicado no dia 13 de março. Os cortes vão atingir a área administrativa, sem afetar diretamente os professores. Embora o texto do decreto fale na extinção de funções de coordenação de curso, uma lista obtida com o Ministério da Economia, por cargo e instituição, mostra que os cortes se referem a cargos de servidores. 

O número de funções extintas na UFSC está disponível em uma tabela do Ministério da Economia, obtida por requerimento de informação da bancada do Psol no Congresso Nacional. Nessa planilha, publicada no portal do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES/SN), estão detalhadas as categorias das funções gratificadas extintas em cada Instituição Federal de Ensino. No caso da UFSC, serão 311 FG-4 (serviço), 45 FG-5 (seção) e 9 FG-6 (auxiliar de apoio). A imprensa da Apufsc solicitou à Prodegesp a lista dos centros que serão afetados pelos cortes, mas ainda não obteve resposta. 

 

A primeira leva de cortes determinada pelo decreto aconteceu em março, quando 2.449 cargos de direção e funções gratificadas foram extintas, sem afetar a UFSC. A segunda etapa deve acontecer até o dia 31 de julho e atingirá 11.261 cargos em todo o país. Ao todo, serão extintos 13.710 cargos na educação no primeiro semestre de 2019.

 

A UFSC é a sexta com maior número de cargos e funções extintas, atrás das federais de  Uberlândia (433), do Pará (423), do Rio de Janeiro (394), de Minas Gerais (391) e Pernambuco (372).