Nas verbas de custeio, o corte foi de 41%d+ a instituição mantem nove hospitais universitários, 45 bibliotecas e 1.200 laboratórios
No último domingo (19) foi ao ar uma reportagem produzida pelo Fantástico que investiga quanto custa manter a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a maior do Brasil, e mostra o impacto do corte de 30% no orçamento da educação.
O bloqueio de verbas anunciado pelo Ministério da Educação atinge as despesas não obrigatórias, mas que são de extrema importância para o funcionamento das instituições. Entre elas estão gastos com água, luz, obras, limpeza e manutenção.
Utilizando apenas o exemplo da energia elétrica, o impacto já seria gigantesco para a UFRJ, que em 2018 gastou R$ 60,8 milhões em energia para manter a estrutura funcionando, o que inclui nove hospitais universitários, 45 bibliotecas e 1.200 laboratórios.
Quando o assunto é manutenção, além da estrutura física, que gerou desastres como o incêndio no Museu Nacional, em setembro de 2018, há também impacto nas pesquisas. A UFRJ tem 67 mil estudantes e gera 6,5% da produção científica nacional. Sem manutenção, equipamentos correm risco de falhar e colocar em risco anos de pesquisa.
No laboratório de virologia molecular, onde foi descoberto o vírus ‘primo’ do chikungunya, a pesquisa só foi preservada por causa de um freezer que conta com avançado sistema de energia, ao contrário do outro, que queimou e o gerador reserva teve os fios roubados.
Já a manutenção do Centro Nacional de Biologia Estrutural, maior centro de ressonância magnética nuclear do hemisfério sul, custa à universidade R$ 40 mil por mês de gás hélio e nitrogênio líquidos.
Só o centro conta com mais de 300 milhões de reais em equipamentos que auxiliam pesquisadores a desenvolver melhores medicamentos, diagnósticos, vacinas e tratamentos para doenças como Alzheimer, câncer e doenças virais. Apenas em 2018, foram atendidas 400 equipes de pesquisadores do Brasil e da América Latina. Caso o equipamento pare de funcionar, as pesquisas serão praticamente jogadas fora.
Assista ao vídeo para ver a reportagem na íntegra: Fantástico