Equipe de transição da UFFS pede reintegração de posse da área ocupada por manifestantes

Há uma semana estudantes ocupam a reitoria em protesto contra a nomeação de Marcelo Recktenvald como reitord+ deputada Ana Caroline Campagnolo declara apoio ao reitor nomeado por Bolsonaro

Em nota pública divulgada pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), a equipe de transição informou que foi encaminhado pedido para reintegração de posse dos espaços ocupados da instituição.  Desde o dia 30 de agosto estudantes  ocupam a reitoria em forma de protesto contra a nomeação do professor Marcelo Recktenvald, terceiro colocado em consulta pública, como reitor da instituição.

Na manhã de quinta-feira (05), a equipe de transição pediu a reintegração de posse à Procuradoria Federal, que deve encaminhar a solicitação à Justiça Federal. Na página do Facebook da UFFS, a Deputada Estadual de Santa Catarina, Ana Caroline Campagnolo, declarou seu apoio ao novo reitor.

“Fantástico! Orgulho de ter apoiado sua nomeação semanas atrás, Professor Marcelo. Feliz também em tê-lo encontrado no nosso 1º Seminário Conservador! […] Conte comigo e com toda a minha equipe. O meu gabinete é sua casa!”, escreveu a deputada no post em que anuncia o pedido de reintegração de posse.

Na publicação, a deputada ainda compartilha um vídeo de um pronunciamento na Assembleia Legislativa em que defende a nomeação de Recktenvald.

O reitor Marcelo Recktenvald tomou posse na quarta-feira (04), em Brasília, e retornou a Chapecó no início da tarde desta quinta-feira (05). No aeroporto foi recebido por estudantes com cartazes e gritos pedindo sua renúncia.

O reitor saiu pela lateral do aeroporto sob a vigilância da Polícia Militar. Ele acompanha o trabalho da equipe de transição e está de acordo com o pedido de reintegração.

Estudantes e sindicatos de professores e servidores não reconhecem a nomeação do novo reitor e reivindicam a posse do professor Anderson Ribeiro, primeiro colocado na consulta pública. Uma lista tríplice foi mandada para o Presidente da República, como tradicionalmente é feito nas universidades federais, mas a escolha não foi pelo mais votado, o que gerou descontentamento na comunidade acadêmica.

Diana Koch, com informações do Diário Catarinense