Brasil sobe e é o 7º país em ranking internacional de melhores universidades

Ranking aponta que problemas no financiamento educacional e “hostilidade” do governo Bolsonaro podem ter efeitos negativos no ensino superior

O Brasil superou Itália e Espanha e subiu da 9ª para a 7ª posição entre os países com mais representantes no ranking de melhores universidades da revista britânica Times Higher Education (THE), uma das mais importantes em avaliação do ensino superior do mundo, informa o Estadão. Os Estados Unidos dominam a lista, com 172, e o Brasil tem 46. A melhor colocada – também líder na América Latina – é a Universidade de São Paulo (USP). Mas, segundo a THE, problemas de financiamento educacional e a “hostilidade” do governo Jair Bolsonaro ao ensino superior têm efeitos negativos.

Os dados do levantamento, que inclui 1396 universidades de 92 países e regiões, foram divulgados nesta quarta-feira, 11. A UFSC aparece na lista na posição 600-800, ficando em 5º lugar entre todas as instituições brasileiras. A líder é a Universidade de Oxford, do Reino Unido, que já ocupava o topo no ano anterior. A USP está na posição 251-300 (após o 200º lugar, as instituições são classificadas em faixas), a mesma do ano passado. A segunda brasileira melhor classificada é a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que ficou na faixa 501-600, mas recuou em relação ao ranking anterior, em que estava no bloco 401-500. Entre as outras brasileiras listadas, a maioria são instituições públicas.

Desde abril, os bloqueios de verba das universidades federais e da pós-graduação têm motivado críticas e protestos contra a gestão Bolsonaro. Segundo professores, cientistas e alunos, a falta de recursos pode paralisar pesquisas e fazer com que talentos abandonem a academia ou migrem para o exterior. Nas federais, isso já afeta as atividades acadêmicas, com suspensão de intercâmbios, transporte e até de ar condicionado. O governo federal justifica os contingenciamentos orçamentários por causa do cenário de restrição fiscal e afirma que a prioridade até 2022 será investir na educação básica.

 

Leia na íntegra: Estadão