Governo pedirá que Congresso libere R$ 250 mi para bolsas do CNPq, diz secretário

Se pedido de suplementação orçamentária for atendido, recursos complementam o valor necessário para  pagamento das bolsas até o fim deste ano

 

O governo pedirá autorização ao Congresso para liberar R$ 250 milhões que serão destinados ao pagamento de bolsas de estudos, informou ontem o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys.

De acordo com o secretário, o governo enviará ao Congresso nos próximos dias um pedido de suplementação orçamentária nesse montante. O valor, segundo a pasta, será suficiente para o pagamento das bolsas do CNPq até o final do ano.

No mês passado,  em razão da  insuficiência de verbas, o CNPq  alertou que cerca de 84 mil bolsas vigentes só poderiam ser pagas até setembro, mês em que as verbas acabariam.

Segundo o Conselho,  são necessários R$ 330 milhões para garantir o pagamento dos bolsistas até o final deste ano.

No começo deste mês,  foram liberados R$ 82 milhões. Caso o anúncio feito agora pelo governo  se confirme, e estes R$ 250 milhões sejam repassados ao CNPq , a entidade terá os R$ 330 milhões necessários  para pagar as bolsas até o final de 2019. 

“Nossa estimativa é a de que vamos ter os recursos necessários para que o CNPq tenha a recomposição orçamentária até o final do ano, garantindo que todos tenham suas bolsas”, disse o secretário Guaranys em comissão na Câmara.   

Ao jornal O Estado de São Paulo,  o ministro Marcos Pontes afirmou, na última terça-feira (17), que havia pedido ao ministério da Economia a liberação de “recursos novos”, pois queria que os R$ 250 milhões do fundo da Lava Jato separados para sua pasta fossem  usados em ações previstas para 2020 em vez de para pagamentos de bolsas CNPq. “Se tiver de usar em emergência (o recurso do fundo da Lava Jato), vou usar. Mas é preciso lembrar que usando esses R$ 250 milhões estou cortando orçamento de outros projetos importantes. Então, o ideal era que Ministério da Economia transferisse recursos novos. Isso que tenho batalhado com Paulo Guedes”, afirmou Pontes no começo da semana.

 

Leina na íntegra: Folha de S. Paulo