Sobre Estado Laico, Ciência, Fé, Criacionismo e Terraplanismo

Este artigo foi escrito há longo tempo. Foi motivado pela tentativa de Michel Temer de colocar no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) um político que não tinha a menor ideia do que sejam ciência, tecnologia, inovação e comunicações. Além de tudo, aquele político é pastor da igreja Universal de Edir Macedo e notório criacionista.

A reação negativa da comunidade cientifica e tecnológica acabou por impedir a nomeação absurda, que poderia satisfazer fisiologismos e conspirações políticas, mas jamais os propósitos do MCTIC.

Resolvida aquela questão, não publiquei o artigod+ e não o fiz até o dia de hoje. A principal razão é que temi (como temo) que pessoas, talvez por não entenderem o texto em sua inteireza, sintam-se ofendidas naquilo que se chama sua Fé. Não é este o propósito do texto, como bem explico nele mesmo.

Também não é um texto para uma leitura dinâmica. Leitura dinâmica é o caminho seguro da incompreensão e mal-entendidos. Se você se decidir por ler o texto, então faça-o com aplicação e espírito crítico.

Não tem o texto a mais longínqua intenção de provar que Deus não existe ou que existed+ de resto esta é uma questão logicamente insolúvel (não me estenderei sobre este aspecto), apesar das “provas” que alguns “filósofos”, ou teólogos tentam vender ao distinto público.

Não deve ser considerado, o texto, portanto, como proselitismo materialista, como poderá parecer a alguns. Mas é um texto relevante para todas as épocas – da atual às futuras – pelo que contém de narrativas científicas, desmistificações e defesa intransigente do Estado Laico, criação magnífica da Iluminismo, sem o qual o conceito de democracia não sobrevive.

Eis, então, o texto do artigo escrito – mas não publicado – faz tempo:

 

Do Editorial da Folha de São Paulo de 17/05/2016, extraio o seguinte texto:

 

 “O anúncio informal do possível ministério de Michel Temer [Marcos Pereira], porém, suscita dúvidas não só a respeito da [sua] habilitação técnica…”  

 

Tomo a citação acima apenas como ponto de partida para a discussão de um tema bastante atual, absolutamente relevante e primordial para a nossa democracia, independentemente de quem esteja à testa do governo federal.

Falando de “habilitação técnica” fica impossível não lembrar da intenção do governo Temer de fazer cair de paraquedas na Ciência e Tecnologia um político do baixo clero e, muito pior, adepto de uma fantasia ridícula chamada CRIACIONISMO. Tão ridícula quanto esta outra fantasia já denominada “terraplanismo”. Terraplanismo é a “doutrina” que afirma – contra todas as evidências – que a Terra é um disco plano. Pessoalmente, ponho as duas doutrinas – criacionismo e terraplanismo – na mesma gaveta: a gaveta das fantasias absurdas e ridículas, ou absurdamente ridículas.

Marcos Pereira, o nome cogitado por Temer para a pasta da Ciência e Tecnologia, é “bispo” licenciado da Igreja Universal de Edir Macedo, o maior empresário da Fé do Brasil, quiçá do mundo. Marco Pereira é presidente do PRB, o partido da igreja Universal de Edir Macedo. Ele não apenas desconhece o ofício de administrar ciência, como de fato nega a ciência – criacionista que é.

Não direi apenas que é despreparado para a administração da ciência, já que a ciência é considerada, pelos criacionistas, algo falso, incompatível com a Bíblia, sendo esta sim, a “fonte exclusiva de todo o conhecimento”.

O criacionista dos dias de hoje é um indivíduo que nega os achados científicos, em favor de um besteirol que diz – como bem afirmou Marina Silva em entrevista nas páginas amarelas de Veja – “que Deus fez “as coisas” como elas são hoje” (sic). E fez “as coisas” há apenas 4004 anos a.C. (há 6023 anos, portanto), como pregara o arcebispo irlandês James Ussher (1581-1656), após “exaustivos cálculos” baseados em informações bíblicas, hoje aceitos pelos criacionistas como verdade incontestável!

Fosseis em Burgess Shale (nas Montanhas Rochosas do Canadá) de animais extintos há 505 milhões de anos – idade medida por técnicas de bases científicas consagradas e precisas – que viveram no mar e hoje são encontrados há mais de três mil metros de altura? Não, isto é ilusão do demônio, manobra de Satã para desviar o homem do caminho de Deus. Eu devo ter sido enganado por Satã, pois lá estive e vi de viso o que aqui relato.

(Nota longa entre parêntesis: esses animais multicelulares – trilobitas, entre tantos outros – viveram no mar antes da formação das Montanhas Rochosas.

Na época, há mais de 505 milhões de anos, ainda não havia vida – quer animal, ou vegetal – na terra seca, apenas na água. A Lua estava bem mais próxima da Terra (a Lua se afasta da Terra à razão de 3,78 centímetros por ano) e as marés eram, consequentemente, imensas, produzindo forte erosão, com o material erodido se acumulando no fundo do mar, cobrindo animais multicelulares mortos. Esse material erodido, com o passar do tempo, consolidou-se em arenito, rocha metamórfica na qual se encontram os trilobitas e outros animais aquáticos fossilizados em Burgess Shale. /1/

Só bem mais tarde, devido à colisão da placa tectônica do Pacífico com a placa tectônica Americana e o consequente “enrugamento” desta última é que as montanhas rochosas nasceram. O fosseis de Burgess Shale subiram com o enrugamento formador das Rochosas, indo parar há mais de três mil metros de altura, onde se encontram hoje. Mas isto é um relato científico e, claro, negado pelos criacionistas já que, segundo sua Fé, “Deus fez as coisas como elas são hoje”. E ponto final, fechando o parêntesis.)

Fóssil completo (eu o vi em Neuquén, Argentina) do Giganotossaurus Carolinii – um monstro carnívoro maior do que o Tiranossaurus Rex – que viveu na Patagônia argentina entre 100 e 94 milhões de anos atrás? Nada é assim como parece, afirmam os criacionistas. Trata-se, segundo eles, de truque do Tibinga para enganar almas de pouca Fé. 

Negam essas evidências científicas exatamente como os terraplanistas negam a esfericidade da Terra, apesar de todas as evidências em contrário, aí incluídas as fotos e filmes feitos por astronautas da Estação Espacial Internacional. Ou como o clero católico negava (na época, hoje não mais) a existência dos satélites de Júpiter, revelados pela luneta de Galileu Galilei (1564 – 1642). Tal qual falam os criacionistas de hoje, aquela visão dos satélites de Júpiter seria arte do demônio, para afastar os cristãos da doutrina da Igreja, dona exclusiva da verdade. E a verdade estava, então, no sistema Aristotélico, em que tudo girava em torno da Terra, centro do universo conhecido na época e casa escolhida por Deus para sua criatura feita à sua imagem e semelhança. Tolice que nenhum padre católico, nenhum Bispo católico, nenhum Papa, nenhum pastor de igreja protestante tradicional hoje repete. Ao contrário, a rejeitam.

(Outra nota entre parêntesis: na época dos Giganotossaurus Carolinii, dos Argentinossaurus e outros, os Andes ainda não existiam. Sua origem é (em termos geológicos) bem mais recente (entre vinte e trinta milhões de anos atrás) e nasceu de outro cataclismo: o choque da placa tectônica de Nazca (do Pacífico) com a placa Sul-Americana. Então, também em termos geológicos, “as coisas” não foram feitas como são hoje, segundo afirmou a criacionista Marina Silva.)

Segundo os criacionistas, um Deus poderoso criou, há 4004 anos a.C., “as coisas como são hoje”. Os dinossauros (extintos há 65 milhões de anos, segundo demonstra a ciência) foram contemporâneos do homem, segundo a Fé do criacionismo, tendo sido extintos pelo Dilúvio.

Ora, segundo demonstra a ciência, a espécie homo sapiens surgiu há cerca de 150 mil anos na África. Só a partir de 70 mil anos atrás é que o sapiens saiu da África e chegou à Europa e à Ásia. A primeira civilização conhecida, a dos Sumérios, estabeleceu-se no Crescente Fértil (onde hoje fica o Iraque) apenas há 12 mil anos. Entretanto, os criacionistas “acreditam” que os dinossauros – extintos há 65 milhões de anos, como demonstra a ciência, lembremos – foram contemporâneos do homem! É um absurdo de tamanho cosmológico. Só comparável à tolice de que a Terra é plana.

Os criacionistas – como os terraplanistas – não acreditam em evidências científicas (“todo o saber está na Bíblia”, afirmam), não aceitam os métodos – altamente confiáveis – de datação científica, simplesmente porque eles põem por terra a sua torta interpretação bíblica. Para eles, os criacionistas, os dinossauros desapareceram com o Dilúvio bíblico, que cobriu a Terra matando tudo que não estivesse na arca de Noé. Pena que Noé, ao que parece, não acolheu em sua arca pelo menos um casal de Giganotossauro Carolinii, ou um de Argentinossaurus, só este último pesando, pelo menos, 80 toneladas cada parte do casal. Terá sido porque a rudimentar arca não comportaria um só casal de Argentinossaurus, pesando ao todo, por baixo, 160 toneladas? Mas, e os dinossauros pequenos, por que não foram acolhidos na arca?

Se “as coisas foram feitas como se encontram hoje” – como prega o criacionismo – então não existe lugar para a Teoria da Evolução de Darwin e para ramificações modernas desta teoria, como a Genética Evolutiva. Realmente, a Teoria da Evolução é das coisas mais rejeitadas pelos criacionistas do estado do Kansas, EUA, a ponto de uma questão seríssima, como o ensino do Darwinismo nas escolas daquele estado só ser possível graças à intervenção da Justiça Federal dos Estados Unidos, que revogou decisão absurda da Justiça estadual.

Aliás, o estado do Kansas é pujante na agricultura. Entretanto, aquele estado é vítima de uma praga endêmica que ataca as suas principais culturas, trigo e sorgo. O irônico da história é que para proteger esta preciosa lavoura, a universidade do Kansas criou o maior e mais bem equipado laboratório de Genética Evolutiva (um dos offsprings importantes do Darwinismo) dos Estados Unidos. Sem aquele laboratório, dizem as autoridades do ramo, o estado do Kansas iria à falência, por conta da praga mutante que nele reside.

É realmente irônico que um dos estados mais criacionistas dos Estados Unidos, onde várias tentativas já foram feitas para tornar proibido o ensino da evolução darwinista nas escolas, seja o mais protegido exatamente pela ciência da evolução que costuma, por boa parte de sua população, ser negada.

Eu então me pergunto como o criacionista, “bispo” Marcos Teixeira – no Ministério da Ciência e da Tecnologia – encararia um pedido de financiamento da comunidade científica para um projeto de pesquisa em Genética Evolutiva, por exemplo. Assinaria a concessão recomendada por um comitê científico, cometendo um “pecado” contra a sua Fé fundamentalista? Ou se negaria a assiná-la “em nome de Jesus”?

A ciência demonstra que o homo sapiens surgiu há cerca de 150 mil anos na África, já dissemos, como resultado de um longo processo de evolução, amplamente documentado por fósseis e muitas outras evidências científicas. Mas os criacionistas, para quem “todo o conhecimento está na Bíblia”, negam a evolução, pois que “Deus fez as coisas como elas estão hoje”. Então eu me pergunto, de novo, como o criacionista “bispo” Marcos Teixeira, encararia um projeto de pesquisas em paleontologia, ou ciências correlatas? Assinaria, cometendo um “pecado”? Ou se negaria a conceder os recursos “em nome de Jesus”?

Em 2001 a NASA lançou a sonda espacial WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe) com o fim de medir pequenas flutuações de temperatura do CMB (Cosmic Microwave Background), isto é, da radiação primordial decorrente da criação do universo, liberada 380 mil anos após a inflação original do universo, quando os átomos de hidrogênio, já então abundantes, a libertaram das amarras de um universo anteriormente constituído apenas de plasma, este opaco à radiação.

Essas medições impressionantes da WMAP – que corroboram as predições da Teoria da Relatividade Geral de Einstein, bem como da Mecânica Quântica – explicam a formação das primeiras estrelas e galáxias e datam o universo com 13,772×109 anos (treze bilhões e 772 milhões de anos), com precisão de 0,5%. A Terra, por sua vez, só foi criada há 4,5x 109 anos (quatro bilhões e quinhentos milhões de anos), isto é, mais de nove bilhões de anos após o início da criação do universo. Definitivamente, Deus não fez “as coisas” como elas são agora!

Aquelas medições da WMAP, depois de devidamente processadas, determinam a proporção da matéria bariônica (a matéria que vemos, de que são feitos átomos, planetas, estrelas, galáxias e nós mesmos, humanos) em apenas 4,6% do universod+ da matéria escura, em 24% do universo, e da energia escura, na forma de uma constante cosmológica (prevista por Einstein) em 71,4% do universo.

Foram feitas também medições da curvatura do universo, que demonstram que ele tem a forma de um plano tridimensional (não tente imaginar um plano tridimensional, você não conseguirá. Mas, como entidade matemática, um plano tridimensional é coisa corriqueira.) O fato de o universo ser plano explica nossa experiência cotidiana de um raio de luz se propagar em linha reta. A exceção é quando um raio de luz passa próximo a uma grande massa, como a do Sol, caso em que é desviado devido à deformação local do espaço-tempo. Tivesse o universo forma diferente da plana, um raio de luz jamais se propagaria em linha reta.

Esta última conclusão – de que o universo é plano – é de fundamental importância também porque a energia total – incluindo-se a energia em forma de matéria, seja bariônica ou escura – nele contida é ZERO! Se o universo tivesse outra forma que não a plana, este balanço energético não daria zero. Em sendo zero a energia total de um universo plano, isto significa que não foi gasta qualquer energia (ou matéria!) para que nosso universo tenha sido construído. Ou seja, este achado científico dispensa a existência de uma entidade poderosa, PRÉ-EXISTENTE AO TEMPO – já que tempo e espaço foram criados, simultaneamente, no Big Bang – e ditando palavras de ordem (ou seja, expendendo energia) ao NADA para que o universo fosse criado.

Pois todo este Modelo Padrão do Universo, desenvolvido primeiro matematicamente e depois corroborado pela NASA, é negado pelos criacionistas. Para gente como Marina Silva e Marcos Pereira – este cogitado para ministro de Ciência e Tecnologia, para chacota dos cientistas e aparentados do Brasil e do mundo -, nada do que o Modelo Padrão do Universo revela é verdade: para eles o Universo (“as coisas”) foram criadas como narra a Bíblia, há exatamente 4004 anos a.C., como “concluiu” o arcebispo irlandês James Ussher.

Um Deus todo poderoso, EXISTENTE ANTES MESMO DA CRIAÇÃO DO ESPAÇO-TEMPO (e, consequentemente, antes da criação do tempo!) ditou frases poderosas (expendendo energia, necessariamente ao longo de algum tempo – tempo que até então não existia, ufa!) ao NADA. O NADA (isto é, o INEXISTENTE) ouviu, entendeu e obedeceu, tornando-se “as coisas”, como fala Marina Silva e demais criacionistas.

Fique claro que não estou dizendo que a Fé religiosa é obstáculo para um cargo executivo, público ou privado. Ou cargo legislativo, fique também claro. Nem mesmo que o cargo seja a Presidência da República. Jamais falei tal coisa e não estou falando isto agora. A Igreja católica e as Igrejas Protestantes tradicionais aceitam a CIÊNCIA, em geral, e a EVOLUÇÃO, em particular. A Igreja Católica apenas prega que, ao final da evolução biológica, houve um sopro divino que conferiu ao ser, já evoluído biologicamente, a alma e tudo o mais que supostamente o torna humano. Claro, não há comprovação científica alguma desta afirmação: trata-se, diz-se, de uma afirmação de Fé, seja lá o que isto for.

Fique claro também que este texto não significa qualquer restrição à pessoa de Fé. Adoto como lema de vida a frase atribuída a Voltaire (que provavelmente ele nunca a pronunciou, mas que serve para resumir seu caráter iluminista): “Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo.” E jamais perderei o respeito e a admiração por alguém, simplesmente por pensar diferentemente de mim. Nem jamais tomarei esta diferença de pensar como senha para considerá-lo incompetente para seja lá que cargo público (ou privado) for.

Já o criacionismo exacerbado está hoje, em boa parte, restrito às denominações neopentecostais, que se reproduzem no Brasil como cogumelo. É muitíssimo mais fácil (e certamente mais lucrativo) criar-se, no Brasil, uma igreja do que uma empresa que gera empregos e riqueza, mesmo que pequena.

O criacionista, este sim, é um ser problemático porque, altamente sectário, é intolerante com os que não seguem automaticamente – isto é, sem a necessária exegese – seu catecismo, ou sua Bíblia. E o sectarismo é a pior característica que se pode pensar de um candidato a administrador público, mormente de ciência. Sectarismo e ciência são atributos absolutamente incompatíveis porque o sectário, por definição, é dogmático e dogma é algo que não convive com a ciência e o cientista. Nem com a democracia. Nem com a liberdade individual.

Todo conhecimento científico é, pela natureza da ciência mesmo, PROVISÓRIO. Se alguém conseguir provar que um conhecimento estabelecido pela ciência está parcial ou totalmente errado, será aplaudido, pode receber alguns prêmios em reconhecimento, quiçá um Nobel. Toda contestação fundamentada é benvinda, em ciência.

Já o criacionista não tolera quem não concorde que a Bíblia é o depositório de todo o conhecimento: conhecimento que é considerado perfeito, imutável, incontestável e eterno. Um criacionista num ministério de ciência e tecnologia – por exemplo – é uma contradição, não é coisa que se aceite: seria tomado como uma chacota e um desrespeito à ciência e ao cientista.

Um criacionista na presidência de uma república democrática é também uma contradição e um perigo de retrocesso. Para se ter uma ideia, a imensa maioria dos estados mulçumanos, de extração criacionista, é um exemplo de que devemos nos afastar: SÃO TODOS SECTÁRIOS, ATRASADOS CIENTÍFICA, TECNOLÓGICA E CULTURALMENTE. São intolerantes para com o contrário e o contraditório. Contestar qualquer aspecto da Fé muçulmana em um desses estados é como que assinar sua própria sentença de morte. Em suma, são detestáveis teocracias.

Para a real democracia, filha magnífica da REFORMA e do ILUMINISMO – coisas que as religiões muçulmanas nunca tiveram – é necessário que o Estado seja, de fato, laico. Laico para não professar ou induzir, ele próprio, Fé, qualquer Fé – ou ter pendor por alguma Fé, em particular. Só assim – sendo absolutamente equidistante das questões de Fé – é que o Estado terá a imparcialidade necessária para garantir o direito de Fé e culto a todos, inclusive o direito de não professar Fé alguma.

A isto se chama LIBERDADE, sem o que a DEMOCRACIA não existe.

REFERÊNCIA

1. “A Geoscience Guide to The Burgess Shale” por Murray Coppold e Wayne Powell, publicado por The Burgess Shale Geoscience Foundation, 2006.

# José J. de Espíndola é Engenheiro Mecânico pela UFRGS — Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio — Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra — Doutor Honoris Causa da UFPR — Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM — Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM — Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação — Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis — Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica — Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC – Agraciado com uma Honorary Session, por suas contribuições ao campo da Dinâmica, pelo Comité de Dinâmica da ABCM no XII International Symposium DINAME, 2007– Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.