MEC perdeu quase R$ 1 bi no remanejamento de recursos feito para pagar a conta da reforma
O presidente Jair Bolsonaro sancionou ontem (17) o texto de crédito suplementar que libera R$ 3 bilhões para o pagamento do acordo costurado na votação da reforma da Previdência no Congresso, informa a Folha de São Paulo. A maior parte da verba irá para os ministérios da Defesa (27,6%), Saúde (24,07%) e Desenvolvimento Regional (23,01%). O que sobrar será dividido entre Educação, Agricultura e Cidadania.
O remanejamento do dinheiro foi acertado para o pagamento de emendas negociadas na votação em primeiro turno da reforma da Previdência. O governo precisou cancelar gastos em outras áreas para liberar os recursos. Quase um terço dos R$ 3 bilhões, por exemplo, saiu do orçamento do MEC.
Na semana de análise da reforma em primeiro turno, o presidente Jair Bolsonaro liberou diversos lotes de emendas parlamentares, beneficiando bases eleitorais de deputados federais principalmente na área de saúde. À época, ele negou que a liberação fizesse parte da “velha política”, criticada por bolsonaristas.
Apesar de ter sido eleito com o discurso de que acabaria com o fisiologismo no Congresso, o Planalto fez promessas de liberação que superaram R$ 5 bilhões para as emendas —que tratam de obras e investimentos nos redutos eleitorais dos congressistas.
Leia na íntegra: Folha de São Paulo