Reitores criticam gestão da educação superior sob Bolsonaro

Em podcast da Folha, os reitores da Unifesp e da UFBA fazem um balanço deste primeiro ano do governo Jair Bolsonaro para as federais

A educação superior no governo Bolsonaro foi tema do podcast Café da Manhã da Folha de São Paulo desta segunda-feira (18). Os reitores Soraya Smaili, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e João Carlos Salles, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), avaliaram, em entrevista ao programa, a situação da educação superior no Brasil neste quase um ano de governo, marcado por bloqueios no orçamento e protestos.

A reitora da Universidade Federal de São Paulo ressalta no episódio que o governo não possui uma estratégia voltada para a melhoria da educação como um todo e isso dificulta a gestão das instituições.

“O que nós não esperávamos é que não tivesse uma proposta mais concreta para a Educação e logo nos primeiros dias nós víamos que não havia uma proposta clara para todos os níveis da educação, não só para o ensino superior”, diz Soraya Smaili.

Em seu depoimento, o reitor da Universidade Federal da Bahia, João Carlos Salles, revela que 2019 foi um ano tenso e de difícil interlocução com o governo, principalmente por conta dos cortes orçamentários.

“Pressionar uma universidade a fazer reduções à força porque não tem segurança sobre a liberação orçamentária, isso leva a decisões equivocadas, precipitadas, deixa inseguros os fornecedores e nervosa, portanto, a comunidade universitária” afirma ele.

O programa de áudio, publicado na plataforma online Spotify, também resgata a trajetória do Ministério da Educação em 2019, desde Ricardo Vélez Rodríguez, como ministro da pasta, até sua demissão, depois de três meses, e, posteriormente, o anúncio de Abraham Weintraub como o novo nome à frente da Educação. Na linha do tempo estão também os cortes orçamentários e as manifestações país afora a favor das universidades públicas.

Ouça o episódio completo neste link.

Leia na íntegra: Folha de S. Paulo