Bolsonaro diz que vai apurar se problema no Enem foi falha ou sabotagem

Essa foi a primeira manifestação do presidente sobre os erros que afetaram cerca de 6 mil candidatos

Ao chegar no Palácio da Alvorada nesta terça-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro reconheceu que a situação do Enem está “complicada”. Em sua primeira fala sobre as falhas do Enem, que afetaram quase 6 mil estudantes, Bolsonaro cogitou a possibilidade dos problemas relacionados ao exame terem sido causados por sabotagem. Não foi apontada nenhuma evidência. 

“Está complicado, eu tenho conversado com ele [ministro do MEC, Abraham Weintraub] para ver o que está acontecendo. Se realmente foi uma falha nossa, se tem uma falha humana, sabotagem, seja lá o que for, temos que chegar no final de linha e apurar isso aí. Não pode acontecer isso. E nós sabemos que tudo está na mesa. Eu não quero me precipitar e dizer o que deve ter acontecido com o Enem”, disse o presidente, conforme informa a Folha de S. Paulo.

Bolsonaro afirmou ainda que o governo vai assumir a responsabilidade, caso fique comprovado que a falha foi da equipe que organiza o Enem. “Acho que todas as cartas estão na mesa. Não quero dizer que é isso, para querer se eximir, talvez, de uma responsabilidade que seja nossa. Não sou dessa linha. Eu quero realmente é apurar e chegar no final da linha para falar com propriedade. Se for nossa, assume. Se for de outros, mostrar com provas o que houve”, completou.

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) liberou na sexta-feira (17) os resultados individuais da última edição do exame. À noite, participantes começaram a relatar nas redes sociais estranhamento com as notas.

Em decorrência desses problemas e de uma decisão judicial suspendendo a divulgação dos resultados do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), o MEC informou na segunda-feira (27) que vai suspender por tempo indeterminado a abertura das inscrições do Prouni, programa que oferta bolsas a estudantes em instituições privadas do ensino superior.

Leia na íntegra: Folha de S. Paulo e G1