Capes anuncia 850 bolsas para pesquisas em pandemias

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou hoje (15) que oferecerá mais 850 bolsas de pós-graduação para pesquisadores interessados em desenvolver produtos e soluções relacionados à pandemias. A iniciativa é a segunda etapa do Programa Estratégico Emergencial de Prevenção e Combate a Surtos, Endemias e Epidemias, inaugurado em abril de 2020, e que ofertou 1.750 vagas para cursos de pós-graduação por meio de edital.

A distribuição das bolsas tem objetivos específicos. Das 850 vagas disponíveis, 300 serão destinadas às áreas de ciências exatas, engenharia, tecnologias e cursos multidisciplinares. De acordo com a Capes, essas bolsas vão financiar estudos sobre desenvolvimento de novas tecnologias de segurança sanitária e hospitalar, novas soluções e formas de produção de equipamentos de proteção individual (EPIs) e métodos de monitoramento, análise e mapeamento de surtos. A abertura dessas 300 novas vagas marca o fim da primeira etapa do programa.

As 550 bolsas remanescentes farão parte da segunda etapa planejada pela Capes, mas que já conta com dois editais publicados. O primeiro processo seletivo busca pesquisadores na área de fármacos e imunologia. O segundo busca soluções inovadoras em telemedicina e análise computacional de dados médicos.

Combate ao vírus

Para fármacos e imunologia, a Capes reservou 35 projetos, cada um com 10 vagas para pesquisadores, no total de 350 vagas. Os 35 projetos estão divididos em seis áreas de pesquisa: protótipos de fármacos antivirais, desenvolvimento de vacinas e produtos imunobiológicos, estudos e desenvolvimento de testes rápidos para o novo coronavírus, detecção da doença em animais e as inter-relações com humanos, ensaios in vitro para o estudo do SARS-CoV-2 e reposicionamento de fármacos.

Telemedicina

As bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado do segundo edital serão destinadas à pesquisa de formas de atendimento remoto e monitoramento em larga escala de epidemias e pandemias. São 200 bolsas que serão divididas entre 22 projetos. As pesquisas devem criar sistemas de atendimento médico remoto, softwares de processamento de imagens e de interpretação de exames (tomografias, raios-x, ultrassom), ferramentas de análise de dados com uso de inteligência artificial e técnicas de controle e prevenção de epidemias.

Fonte: Agência Brasil